Segundo a investigação, o adolescente que matou a família pesquisou como sacar o FGTS do pai após o crime

O caso do adolescente que matou os pais e o irmão de 3 anos em Itaperuna, no Rio de Janeiro, chocou as autoridades na quarta-feira (25). Segundo a avó paterna, Regina Teixeira, o garoto disse que a mãe ainda estava viva quando foi jogada na cisterna da casa.
“Ele confessou que matou o pai primeiro, depois atirou na mãe. A mãe ainda estava viva quando ele jogou dentro da cisterna. Nisso, o irmãozinho acordou e ele deu um tiro na cabeça do irmão. Em momento nenhum ele mostra arrependimento, falou que faria tudo de novo”, afirmou a avó paterna ao SBT.
As vítimas foram identificadas como a cabeleireira Inaila Teixeira, de 37 anos, o enfermeiro Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos, e o caçula Antônio Filho, de apenas 3 anos.
O adolescente de 14 anos esperou a família dormir na noite de sábado (21) e usou a arma do pai, autorizado como CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), para cometer o crime brutal.
Após o assassinato triplo, ele teria arrastado os corpos do quarto do casal até a cisterna, reservatório de água da casa, onde ficaram escondidos até a descoberta pela Polícia Civil.
Ele tentou despistar os parentes ao dizer que o irmão mais novo havia se engasgado com caco de vidro e os pais saíram para levá-lo ao hospital. Na tarde de terça-feira (24), o suspeito chegou a acompanhar a avó para registrar o desaparecimento da família na delegacia.
O adolescente que matou a família só foi apreendido na quarta-feira (25), durante a perícia na casa. Os policiais encontraram manchas de sangue no colchão e nas vestes do casal, além de pontos queimados.
“Durante as diligências, os policiais sentiram forte odor e encontraram os corpos na cisterna da casa. O menor foi conduzido à delegacia, onde confessou o ato. Ele vai responder por fato análogo aos crimes de triplo homicídio e ocultação de cadáver”, informou a Polícia Civil.
FGTS e ‘webnamoro’: polícia trabalha com duas hipóteses no caso do adolescente que matou a família
O garoto de 14 anos confessou o triplo homicídio na quarta-feira (25) e revelou que foi motivado pela desaprovação dos pais com seu namoro virtual.
O casal teria impedido que o filho viajasse ao Mato Grosso para encontrar a “webnamorada”, uma adolescente da mesma idade que conheceu em jogos online. A Polícia Civil investiga a influência da garota no crime.
Segundo os investigadores, o adolescente que matou a família demonstrou frieza em seu depoimento. Ele disse que atirou no irmão para que não sofresse com a perda dos pais.

“Confessou tranquilamente que fez, de uma maneira até fria, para nós que temos bastante experiência nesse tipo de ocorrência. Ele disse não estar arrependido”, contou o delegado Carlos Augusto Guimarães, ao Balanço Geral.
Outra hipótese é a motivação financeira. Depois do crime, o adolescente que matou a família pesquisou como sacar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O pai teria direito a um total de R$ 33 mil.
A Justiça do Rio de Janeiro determinou a internação provisória do adolescente que matou a família, por um período de 45 dias.
Fonte: ND Mais