Funcionário de 31 anos foi morto a tiros quando chegou para trabalhar na noite de segunda-feira (9). Após morte, motoristas fizeram paralisação e ônibus só voltaram a rodar depois das 7h30 de terça-feira (10).
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de execução no assassinato do manobrista de ônibus do Transcol de 31 anos na noite de segunda-feira (9) em Cariacica, na Grande Vitória. Clovis Brás Júnior estava chegando de carro na garagem para trabalhar quando foi atingido.
O tiro perfurou porta do carona do carro da vítima. Nenhum suspeito foi preso até a última atualização desta reportagem.
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Terminal de ônibus em Itacibá, Cariacica, Espírito Santo, ficou lotado após paralisação de ônibus — Foto: Ricardo Medeiros/Rede Gazeta
Por causa da morte do funcionário, os motoristas de ônibus da Grande Vitória fizeram uma paralisação das atividades na manhã desta terça-feira (10) e impediram a saída de ônibus das garagens por mais de 2h.
Pontos e terminais de ônibus ficaram lotados em várias cidades da Grande Vitória, como Cariacica, Serra e Vitória.
O transporte voltou a circular após uma reunião com o Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários) às 7h33.
Investigação
Segundo o Delegado Geral da Polícia Civil, José Darcy Santos Arruda, a possibilidade de latrocínio foi descartada e agora as esquipes investigam o que pode ter motivado o crime.
"Estamos trabalhando no caso desde ontem, equipes foram entender a dinâmica do crime, como aconteceu, como se deu. A princípio, se verificou que nada foi levado do rapaz, descarta-se uma possibilidade de latrocínio e a linha que passa a ser analisada agora é execução. Em razão do local ser um pouco ermo a estamos buscando câmeras e informações para que a gente possa entender e caminhar para parte motivacional. Vamos usar todos os nossos recursos tecnológicos que temos a disposição para isso", explicou o delegado.
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Clovis Brás Júnior, de 31 anos, trabalhava como manobrista do Transcol e foi morto a tiros em Cariacica, Espírito Santo — Foto: Reprodução/TV Gazeta
O delegado afirmou ainda que por enquanto não há indícios que o crime esteja relacionado com a atividade profissional da vítima na área de transporte e passageiros.
A Polícia Civil informou que a perícia técnica da Polícia Científica realizou os procedimentos necessários no local e recolheu vestígios essenciais para a investigação, como manchas, projéteis e possíveis evidências genéticas.
O crime
De acordo com testemunhas, o manobrista foi surpreendido pelo criminoso ao chegar na garagem do Grupo Santa Zita, no bairro São Francisco. A vítima tentou fugir e foi atingida.
O diretor do Sindirodoviários, Miguel Leite, relatou que o homem trabalhava na empresa há quatro meses, e que ainda não saía da garagem com os veículos.
Sindicato reclama de insegurança para categoria
O presidente do sindicato, Marcos Alexandre, reclamou das condições de segurança dos trabalhadores e paralisou todos os ônibus na Grande Vitória como forma de protesto.
"O assassinato foi à noite, o local é ermo, meio escuro, afastado. Não tem condições para os trabalhadores aqui, no dia a dia, trabalhando nessa garagem, sem nenhum tipo de segurança para os trabalhadores. Para os colegas chegarem até aqui, é muito difícil. O trabalhador tem que andar quase dois quilômetros a pé para chegar até essa garagem", relatou .
A Secretaria de Justiça (Sejus) disse que a vítima não possui passagem pelo sistema prisional.
A reportagem entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano de Vitória (GVBus), mas não teve nenhum retorno até o final da reportagem.
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Manobrista de ônibus do Transcol é assassinado a tiros quando chegava para trabalhar no Espírito Santo — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Fonte: g1 ES