Ex-estudante de Direito é condenada por tráfico e repasse de informações sigilosas da justiça para grupo criminoso, em Linhares


Grupo usava "meninas bonitas e de classe média" para ceder imóveis e transportar drogas. Além dela, outras quatro pessoas foram condenadas por associação para o tráfico.

Fórum de Linhares: ex-estudante de Direito é condenada por tráfico e repasse de informações sigilosas da justiça para grupo criminoso no Espírito Santo — Foto: Divulgação

Uma ex-estudante de Direito foi condenada por tráfico de drogas e por repassar informações sigilosas da Justiça para grupo criminoso que atuava em Linhares, Norte do Espírito Santo. Além dela, outras quatro pessoas foram condenadas por associação para o tráfico, agravados pelo uso de arma de fogo e pela participação de adolescente.

A ex-estudante de Direito e ex-estagiária do fórum de Linhares, Yasmin Negrelli, é acusada de pegar acessar informações do Poder Judiciário e enviar para grupo criminoso. O escândalo foi revelado em 2023.

Todos foram condenados a 23 anos, um mês e dez dias de prisão em regime fechado.

Os outros condenados são: Ana Carolina dos Anjos Marassati, Cristina Pinheiro de Oliveira, Elder Rafael Zanelato e Maysa Gallon da Silva. A ação penal foi movida pelo Ministério Público, após a "Operação Grande Família". 

O grupo se chamava "Porto do Bote – PDB" e buscava disfarçar as atividades ilícitas utilizando "meninas bonitas e de classe média, acima de qualquer suspeita", como Yasmin — filha de um policial —, para ceder imóveis e transportar drogas.

O chefe da organização era Elder Rafael.

A decisão foi assinada pelo juiz Wesley Sandro Campana dos Santos. O magistrado rejeitou a tese de que os réus seriam apenas usuários, e afirmou que as provas demonstram envolvimento direto com a preparação, transporte, ocultação e administração do tráfico.

O juiz determinou ainda a destruição das drogas apreendidas durante a operação que levou os réus à cadeia, e apetrechos apreendidos, o confisco do dinheiro e dos celulares usados na atividade ilícita, além do envio das armas, acessórios e munições ao Comando do Exército.



Fonte: g1 ES
 



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