Fraude com 'cashback': entenda como militares presos causaram prejuízo de R$ 5 milhões


Suspeitos, de 27 e 28 anos, faziam compras em companhia aérea para acumular cashback, benefício que devolve parte do valor gasto. Eles vão responder por estelionato eletrônico e lavagem de capitais.


Militares são presos por fraudes com uso de 'cashback' no AM — Foto: Divulgação/PC-AM


Dois militares das Forças Armadas foram presos no Amazonas suspeitos de liderar um esquema de fraude financeira que causou um prejuízo de R$ 5 milhões ao estado. O método usado envolvia o uso indevido do benefício conhecido como “cashback”, obtido em compras feitas com cartões de crédito.

As investigações tiveram apoio interestadual e revelam um esquema complexo, que pode envolver outras pessoas. Entenda abaixo como funcionava o golpe e os próximos passos da polícia.


Prisão dos suspeitos

Dois militares das Forças Armadas foram presos no Amazonas por envolvimento em um esquema de fraude financeira que utilizava de forma indevida o benefício conhecido como "cashback".

A polícia informou que o prejuízo causado chega a R$ 5 milhões no estado.


Como funcionava o esquema

De acordo com a polícia, os suspeitos usavam cartões de crédito com alto limite para fazer compras volumosas pela internet, especialmente em companhias aéreas.

Após acumular o “cashback” — benefício que devolve parte do valor gasto nas compras — eles cancelavam as transações, mas mantinham os créditos gerados.


Investigação e apoio interestadual

Segundo o delegado Ivo Martins, titular do 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), as investigações começaram a partir de informações sobre fraudes online praticadas pelos suspeitos.

A ação contou com o apoio de órgãos de polícia judiciária e inteligência de São Paulo, onde outro militar foi preso por estelionato eletrônico e lavagem de capitais.

Ele detalhou como funcionava o esquema: “O esquema consistia em realizar várias compras com cartão de crédito, totalizando cerca de R$ 5 milhões em prejuízo, durante os meses de junho e julho, em aproximadamente 100 transações.”


Confissão e documentação

No momento das prisões, os suspeitos confessaram o crime. “Dada a vasta documentação apresentada pela instituição bancária, ficou difícil contestar as provas”, afirmou o delegado Martins.


Continuidade das investigações


O delegado Denis Pinho, coordenador do Departamento de Investigação de Crimes contra o Patrimônio e Serviços Públicos (DIPJ), afirmou que assim que receberam as informações, a equipe iniciou a localização dos suspeitos e reuniu provas suficientes para confirmar a prática criminosa.

Ele destacou: “A investigação não termina com essas prisões. Ela começa aqui. Precisamos entender a extensão dessa organização criminosa, que já demonstrou atuação em outros estados. Vamos solicitar o bloqueio de contas bancárias e rastrear bens adquiridos com o dinheiro obtido por meio do estelionato eletrônico".


Crimes atribuídos e próximos passos

Os dois militares vão responder pelos crimes de estelionato eletrônico e lavagem de capitais. A Polícia Civil segue investigando para identificar se há outras pessoas envolvidas no esquema.

Fonte: G1


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