Rapper se tornou réu por tentativa de homicídio qualificado após atirar pedras contra um delegado e um oficial da Polícia Civil
O rapper Oruam foi transferido para uma cela coletiva no presídio de Bangu após nova audiência de custódia; ele é réu por tentativa de homicídio contra um delegado e um policial civil em episódio ocorrido em julho.
O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, passou por uma nova audiência de custódia na segunda-feira, 4, que decidiu pela sua permanência na Penitenciária Dr. Serrano Neves, localizada em Bangu, no Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Oruam está desde a semana passada em uma cela coletiva.
"A alocação segue os critérios estabelecidos pela gestão prisional e é um procedimento padrão adotado após avaliação técnica da unidade", afirmou a pasta em nota. O Terra tenta contato com a defesa de Oruam.
Réu por tentativa de homicídio
Em 30 de julho, Oruam virou réu por tentativa de homicídio qualificado contra um delegado e um oficial da Polícia Civil. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público e aceita pela juíza Tula Correa de Mello, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
De acordo com a decisão, na madrugada do último dia 22 de julho, Oruam e Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira teriam atentado contra a vida do delegado Moyses Santana Gomes e do agente Alexandre Alves Ferraz.
Eles estavam cumprindo naquela noite uma ordem judicial de busca e apreensão de um adolescente suspeito de ligação com o tráfico de drogas e crimes patrimoniais. O menor de idade estaria se deslocando até a casa de Oruam, no Joá, na Zona Oeste do Rio.
Durante a ação, os policiais se posicionaram próximo à residência e conseguiram abordar o adolescente e outras cinco pessoas. Nesse momento, segundo a denúncia, o rapper, Willyam Matheus e outros sete indivíduos passaram a ofender e arremessar pedras na direção da equipe policial. Uma delas teria mais de 4 kg, segundo o processo.
O delegado Alexandre foi atingido nas costas e no calcanhar enquanto Moysés não teve ferimentos, pois conseguiu se abrigar atrás da viatura.
“Verifica-se que consta informação e registros de que os denunciados, em especial Mauro David ("Oruam"), persistiram na escalada criminosa e buscaram atrair os agentes de segurança para local com maior garantia de resultado morte dos mesmos - constando vídeo em redes sociais com informação de fuga para o Complexo da Penha, em área dominada pela organização narcoterrorista Comando Vermelho, com a qual o denunciado possuiria laços familiares”, descreve a juíza.
A menção da magistrada é referente ao vídeo em que o rapper aparece dentro de um veículo, desafiando os policiais: "Vem aqui me pegar no complexo", disse ele na ocasião. Em seguida, o rapper fez mais uma publicação nas redes, com a localização indicando que estaria no Complexo da Penha.
Ainda no dia 22 de julho, Oruam se entregou à polícia, mesmo ainda não tendo sido indiciado por homicídio qualificado. Na ocasião, a Justiça do Rio emitiu um mandado de prisão preventiva do cantor depois dele impedir a apreensão de um menor de idade que estava em sua casa.
Fonte: Redação Terra