5 coisas que podem acontecer se a mãe fizer sexo no resguardo


Ginecologista alerta para a importância de respeitar esse período do pós-parto e dá dicas de como manter a intimidade a dois durante essa fase

Com duração de, no mínimo, seis semanas (cerca de 42 dias), o período do resguardo é fundamental para a recuperação física e emocional da mulher após o parto. Apesar da orientação médica, no entanto, existem muitas mulheres que retomam as relações sexuais com penetração sem cumprir o tempo indicado, colocando sua própria saúde em risco. Mas, afinal, o que pode acontecer com mães que fazem sexo nessa fase?

Saiba os riscos de ter relações sexuais durante o resguardo — Foto: gpointstudio/Freepik

De acordo com a ginecologista obstetra Roberta Arilla Bocchi, do Hospital Albert Einstein, “o resguardo serve para que o útero volte ao tamanho normal, os hormônios se estabilizem e eventuais feridas internas e externas cicatrizem, sejam do parto normal ou da cesárea”. Diante disso, manter relações sexuais nesse período pode, de fato, causar problemas para a saúde da mulher. Confira, a seguir, quais são eles:


1. Infecção uterina ou vaginal

“Ter relação antes do tempo pode trazer problemas, já que o corpo ainda está em cicatrização e a imunidade pode estar mais baixa”, alerta Roberta. A profissional de saúde explica que, como a ferida interna no útero permanece aberta, o risco de entrada de bactérias e infecções aumenta consideravelmente.


2. Sangramento aumentado

“O esforço físico e a fricção da relação sexual podem intensificar o fluxo sanguíneo, provocando sangramentos maiores”, aponta a especialista.


3. Dor e abertura de pontos

Seja na cicatriz da cesárea, em episiotomias ou lacerações, a relação sexual precoce pode causar dor e até abrir pontos, atrasando o processo de cicatrização.


4. Atraso na cicatrização

O trauma da relação sexual antes do corpo estar pronto interfere na recuperação natural do tecido, prolongando o período de cura.


5. Gravidez precoce

“A ovulação pode voltar antes mesmo da primeira menstruação”, alerta a ginecologista. Isso significa que a mulher pode engravidar novamente se não usar métodos contraceptivos adequados.


O que fazer em caso de problemas?

Caso a mulher apresente sintomas como sangramento muito intenso, febre, dor forte ou odor desagradável no sangramento, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente. Já para casos de desconfortos leves ou sangramentos discretos, o ideal é suspender as relações, manter higiene íntima rigorosa e informar o médico na próxima consulta. “Não se deve utilizar medicamentos, duchas vaginais ou pomadas sem orientação profissional”, complementa.


Alternativas e cuidados para o sexo no resguardo

O cuidado principal do resguardo é evitar penetração vaginal, o que significa que é possível explorar a intimidade a dois (ou sozinha!) de outras maneiras no sexo. “Carinhos, beijos, massagens, masturbação mútua e sexo oral, desde que com higiene e segurança, podem ser alternativas”, destaca a obstetra.

Durante esse período, a higiene íntima deve incluir troca frequente de absorventes e lavagem da região com água e sabão neutro. As cicatrizes precisam ser mantidas limpas e secas, sem curativos. Roberta lembra, ainda, que o desejo sexual da mulher pode estar mais baixo devido à fadiga, alterações hormonais e adaptação à rotina com o bebê, e isso é normal.

Por fim, a saúde emocional também merece atenção especial, uma vez que o puerpério é um momento sensível, com possíveis mudanças de humor, tristeza e ansiedade. “Caso o desânimo seja persistente, é importante buscar ajuda”, aconselha Roberta Bocchi.


Fonte: Revista Crescer



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