Ruy Ferraz Fontes foi assassinado a tiros em Praia Grande (SP) na noite de segunda-feira (15) após deixar a prefeitura da cidade, onde exercia o cargo de secretário de Administração.
O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes não usava um carro blindado no momento em que foi executado por criminosos em Praia Grande (SP), na última segunda-feira (15).
Conforme apurado, ele estava com o automóvel da esposa porque o dele estava na oficina para blindagem.
A blindagem automotiva consiste no reforço das estruturas de um veículo para fazer com que ele resista a impactos balísticos e explosões. O sistema precisa ser autorizado pelo Exército Brasileiro e pode levar de 31 a 60 dias para ser realizado.
Fontes foi pioneiro nas investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo responsável por prender lideranças e mapear a estrutura da organização criminosa. Ele atuou na polícia por 40 anos, foi delegado-geral da Polícia Civil em SP e, em janeiro de 2023, assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande.
Apesar disso, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou à equipe de reportagem que ele não pediu escolta -- serviço concedido aos ex-delegados-gerais mediante solicitação.
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Ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi assassinado em Praia Grande (SP) — Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo e Reprodução
Por meio de nota, a Prefeitura de Praia Grande afirmou que Fontes dedicou-se exclusivamente às atribuições administrativas durante o período em que esteve à frente da Secretaria de Administração da cidade. "Sem relatar preocupações relacionadas à sua segurança pessoal ou mencionar fatos de sua atividade anterior como delegado-geral", disse a administração do município.
Durante entrevista na terça-feira (16), o prefeito da cidade, Alberto Mourão (MDB), contou que o secretário andava armado e tinha um automóvel blindado, que usava em São Paulo. A equipe de reportagem apurou, porém, que outro veículo do ex-delegado estava em processo de blindagem.
Da Redação / Com informações do g1 SP