Iracy Pereira de Souza foi agredida dentro de casa. Um homem de 24 anos confessou o crime e acabou sendo preso pela polícia

Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari, Crédito: Divulgação | Polícia Civil
Internada por quase dois meses após ser esfaqueada, espancada e ter o rosto desfigurado dentro de casa, Iracy Pereira de Souza, de 80 anos, morreu na última sexta-feira (11), entrando para a lista de mulheres vítimas de feminicídio no Espírito Santo, em 2025.
A idosa foi agredida em 14 de agosto com chutes e socos, além de ter sofrido cortes profundos no pescoço e no braço. Na ocasião, um jovem de 24 anos foi preso ao confessar aos policiais ter sido o autor da agressão, que aconteceu no bairro Santa Mônica, em Guarapari. O nome dele não foi divulgado pelas autoridades.
Vizinho escutou gritos
O cenário de terror vivido por Iracy foi encontrado primeiro pelo vizinho dela, que pulou o muro da residência ao escutar gritos e pedidos de socorro, além de ver uma pessoa desconhecida saindo da residência. A idosa estava caída, gravemente machucada, sendo encaminhada ao Hospital Estadual de Urgência Emergência (HEUE), na Capital. No local do crime, os policiais acharam a faca, que supostamente foi usada pelo bandido.
Uma busca pelo suspeito de cometer as agressões foi feita pela Polícia Militar, após informações sobre as características físicas dele serem informadas ao Ciodes (190).
O homem, ao ser abordado pelas forças policiais, estava com manchas de sangue nas roupas. Aos PMs, alegou que morava com a vítima há algum tempo e que o motivo da agressão foi um desentendimento. Apesar da afirmação, uma sobrinha de Iracy – que não quis se identificar – negou que eles tivessem uma convivência familiar.
"Às vezes, [ela] dava comida para ele. Com isso ele foi se aproveitando dela até que um dia aconteceu o que aconteceu. Talvez [o suspeito] tenha pedido algo que ela negou, mas não sabemos o certo", frisou a parente, ao acrescentar que a idosa gostava muito de conversar.
Desde o caso, o suspeito permaneceu no sistema prisional capixaba. Inicialmente, ele havia sido autuado em flagrante por tentativa de feminicídio qualificado. Agora, com a morte dela, a Polícia Civil explicou que a tipificação foi alterada e que ele será indiciado por feminicídio consumado.
A equipe médica responsável pelos cuidados com a vítima informou à PC que o óbito foi causado pelos ferimentos. A Polícia Científica disse que o corpo foi liberado nesta segunda-feira (13) com a chegada de uma familiar da vítima, residente em São Paulo.
Fonte: A Gazeta