VÍDEO | Muro desaba e montanha de terra cai em quintal de casa na GV


Ninguém se feriu por conta da queda do muro nesta terça (28); Defesa Civil já havia isolado a área na última segunda-feira (27)

Um muro interditado pela Defesa Civil na segunda-feira (27) desabou sobre um imóvel na Praia da Costa, em Vila Velha, na tarde da terça-feira (28). Conforme apuração, ninguém se feriu com o desabamento. 

Um vídeo mostrou o momento em que a estrutura caiu, acumulando muita terra no quintal.

A estrutura dividia um prédio em obras e a residência afetada, onde funciona um espaço de bronzeamento. A construção, segundo a Defesa Civil, foi embargada na última segunda-feira (27) por estar em desacordo com o licenciamento, que deveria respeitar regras para áreas de risco, o que levou a instabilidades. Mesmo após notificação do órgão, as atividades continuavam, resultando em uma nova autuação pela lei 046/2016 com multa.

O local atingido pertence a microempresária Jeovana Teixeira. Ela disse em entrevista à Rádio CBN Vitória que o muro havia sido construído a pedido dela há 18 anos, mas que de seis meses para cá, a estrutura começou a ser utilizada para conter a terra de uma construção feita no terreno acima, criando rachaduras. Após a chuva que caiu na região no último fim de semana, a empresária começou a perceber que a situação tinha piorado.

"Há seis meses, eu comecei a observar trincas que estavam dilatando. Após as chuvas do fim de semana, a situação piorou. Eu entrei em contato com a Defesa Civil, que isolou a área. Quando foi hoje, meu marido estava sentado e percebeu que o muro iria cair. Foi neste momento que ele registrou o vídeo e pegou o desabamento. O muro não servia para contenção", disse Jeovana.

Muro desabou sobre um espaço de bronzeamento Crédito: Leitor A Gazeta

A empreendedora ainda contou que entrou em contato com o proprietário da construção do terreno de cima, mas a situação não foi resolvida. "O projeto que o proprietário passou para gente era inviável, pois o muro estava completamente condenado, não tinha mais o que fazer. A estrutura deveria ter sido derrubada", detalhou. Jeovana reclamou que, mesmo após o embargo, a obra continuava em execução.

Em nota, a defesa de Arthur Mello, proprietário do terreno em obra, disse que ele e a empresa responsável pela construção perceberam movimentações anormais na estrutura e comunicaram a microempresária, solicitando documentos e informações técnicas da construção, que, segundo a nota, nunca foram apresentados.

A defesa ainda destacou que Arthur tentou fazer um acordo para arcar com os custos da reconstrução do muro, mas que foi recusado pelo marido de Jeovana. "A proposta foi recusada pelo marido da Sra. Geovana, sob o argumento de que a reconstrução 'estragaria a estética do muro de pedras que enfeitava o espaço de brinde da residência'", disse a defesa. A nota finaliza dizendo que a obra "está regular, com toda a documentação exigida pelo CREA em dia e a disposição para consultas às partes interessadas".

Procurada, a Defesa Civil informou que a área foi isolada, o responsável foi notificado e os moradores foram orientados a não permanecerem no local. O órgão ainda destacou que, de forma preliminar, a queda do muro pode ter sido causada por uma sobrecarga vinda da obra do terreno acima. A nota finalizou informando que fiscais da prefeitura estão apurando as causas e a regularidade da obra.




Fonte: A Gazeta



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