Vizinho brigava com a mulher quando Miguel Martins tentou defendê-la e foi agredido, segundo polícia
Um adolescente de 16 anos foi morto na tarde desta segunda-feira (17), em Mauá, na Grande São Paulo, ao tentar separar uma briga de casal.
O jovem, identificado como Miguel Pinheiro Martins, foi agredido com socos ao tentar defender a mulher do vizinho, que foi preso em flagrante, mas foi solto em audiência de custódia. Ele afirmou não ter advogado.
Leonardo Aparecido de Oliveira, 36, durante condução ao 1° DP de Mauá - Reprodução/TV RecordDe acordo com o boletim de ocorrência, testemunhas contaram que o suspeito, o desempregado Leonardo Aparecido de Oliveira, 36, estava na rua bebendo e brigando com a esposa. Ainda segundo os relatos, ele seria conhecido no bairro pelos constantes desentendimentos com a mulher. O caso ocorreu na rua Rogério Rodrigues, no Jardim Itassu.
Miguel também estava na rua, acompanhou a cena e tentou intervir para defender a mulher. Segundo o registro policial, Oliveira deu dois socos no peito do adolescente, que bateu a cabeça na parede e desmaiou.
Um grupo que acompanhava a confusão agrediu Oliveira após o ataque.
Famliares levaram Miguel a um hospital. No caminho, cruzaram com uma viatura da GCM (Guarda Civil Municipal), que seguiu com eles até a UPA Barão. O adolescente foi atendido na unidade e não resistiu.
A equipe deixou o hospital para procurar Oliveira. "Realizamos buscas e localizamos ele próximo à sua residência. Ao avistar a equipe, ele tentou correr, porém foi prontamente detido e afirmou para gente que não se lembra muito bem do que aconteceu", afirmou o agente Marco Enarriaga.
Segundo o registro policial, o suspeito afirmou que não se lembra do que aconteceu, mas que não agrediu ninguém. Ele disse que estava brigando com a esposa e que várias pessoas se aproximaram e passaram a agredi-lo.
A GCM afirmou que ele tem passagens por roubo e tráfico.
Oliveira passou por atendimento médico porque tinha escoriações. Depois que o caso foi registrado no 1° DP de Mauá, foi transferido para a cadeia de Santo André.
A mulher, que vive há três anos com Oliveira, contou que, após as agressões, ele ficou no local enquanto ela foi para a igreja. Ao saber que uma pessoa tinha morrido, foi à delegacia.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), Oliveira foi preso em flagrante por lesão corporal seguida de morte.
Oliveira passou por audiência de custódia nesta terça-feira (18) onde foi concedida liberdade provisória, com imposição de medidas cautelares, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele terá de comparecer em juízo, sempre que intimado, para informar e justificar atividades, não pode sair da cidade por mais de oito dias sem autorização e precisa manter o endereço atualizado.
Fonte: Folha de São Paulo

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