Defesa de Bolsonaro afirma que a prisão pode colocar a vida dele em risco



Em nota divulgada, defesa atesta que a decisão causa profunda perplexidade

Defesa de Jair Bolsonaro questiona a prisão preventiva do ex-presidente - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Após prisão preventiva de Jair Bolsonaro, a defesa compartilha nota evidenciando insatisfação com a decisão. “A prisão preventiva do ex-Presidente, decretada na manhã de hoje, causa profunda perplexidade, principalmente porque, conforme demonstra a cronologia dos fatos (representação feita em 21/11), está calcada em uma vigília de orações”, questionaram.

A nota ainda cita a Constituição de 1988 enfatizando que esta garante o direito de reunião a tor, em especial para garantir a liberdade religiosa. “Apesar de afirmar a “existência de gravíssimos indícios da eventual fuga”, o fato é que o ex-Presidente foi preso em sua casa, com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais”, complementaram.

O estado de saúde do ex-presidente também é citado. “Além disso, o estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco. A defesa vai apresentar o recurso cabível”, disseram.


Entenda a prisão

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã desse sábado (22/11), na casa dele, no Jardim Botânico, em Brasília. Ele está detido agora na Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul, onde aguarda audiência de custódia, marcada para este domingo.

A prisão é preventiva, sem prazo determinado, e foi solicitada pela Polícia Federalao Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido.

A prisão preventiva de Bolsonaro não tem relação direta com a condenação na trama golpista, mas, sim, com a quebra reiterada de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo os investigadores, o ex-presidente mexeu na tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado, violou regras de monitoramento, manteve contatos proibidos e estimulou movimentações políticas mesmo sob restrições.



Fonte: Estadão 




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