Nova versão do mecanismo de devolução permitirá seguir o caminho do dinheiro por várias contas e recuperar valores em até 11 dias.
O Banco Central começou a implementar, a partir do dia 23 de novembro, uma nova ferramenta de segurança no Pix: o Mecanismo Especial de Devolução 2.0 (MED 2.0). A atualização amplia a capacidade de rastrear o trajeto do dinheiro em casos de golpe, permitindo o bloqueio de valores mesmo quando eles são transferidos rapidamente para contas intermediárias.
De acordo com o Banco Central, o novo sistema passa a monitorar a movimentação do Pix em diferentes contas envolvidas na transação. Assim, bancos e instituições financeiras poderão agir de forma conjunta para impedir que o dinheiro siga circulando entre perfis suspeitos, aumentando as chances de recuperação dos valores.
A devolução também fica mais rápida. Quando a vítima registra uma ocorrência usando o botão de contestação no aplicativo bancário, as instituições terão até sete dias para analisar o caso. Se confirmada a fraude, o valor pode ser devolvido em até 11 dias, contados a partir do registro da contestação.
O MED 2.0 será disponibilizado de forma opcional a partir de novembro, mas seu uso passará a ser obrigatório em fevereiro de 2026. Atualmente, o mecanismo só permite o bloqueio da primeira conta que recebeu o Pix, o que facilita a ação de golpistas, que transferem rapidamente o dinheiro para outras contas para dificultar o rastreamento.
A medida se soma a outras ações recentes do Banco Central para reforçar a segurança do sistema, como o bloqueio de chaves Pix usadas em fraudes e a inclusão da função de contestação nos aplicativos dos bancos.


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