VÍDEO | 'Fiz meu nome': mensagem mostra traficante se gabando por ataque que matou agente


Um dia antes de ser morto pela tropa de elite da Polícia Civil, em operação nessa sexta-feira (21), Mangabinha postou imagens com várias armas e escreveu: 'Entra para ver'. Delegacia de Homicídios aponta o criminoso como autor do ataque fatal contra José Lourenço, em maio.

Mensagens encontradas no celular de Luiz Felipe Honorato Silva Romão, o Mangabinha, mostram que o traficante se vangloriava de ter participado do confronto que resultou na morte do agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) José Antônio Lourenço Júnior, em maio deste ano.

O material consta no relatório telemático anexado às investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Capital.

Mangabinha foi morto nessa sexta-feira (21) durante operação da própria Core na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. Um dia antes, ele postou imagens com roupa de guerra, granadas e outras armas. Em uma delas, postou uma provocação: "Entra pra ver" (veja no vídeo abaixo).


'Fiz meu nome'

No diálogo mantido com um interlocutor não identificado, em 19 de maio — dia do confronto —, Mangabinha admite ter participado do ataque e descreve a fuga da comunidade após os tiros.

O relatório aponta que, nas mensagens trocadas, ele comenta sobre o policial atingido:

“Rodou um só", escreveu, com a gíria "rodar" atribuída a morrer.

E se gaba: “Nós amassou (SIC), fiz meu nome. De 62”, disse, citando o calibre do fuzil 7.62 – e o amigo ri.

A polícia afirma que as conversas mostram que Mangabinha deixou a Cidade de Deus logo após o ataque e fugiu para a comunidade do Bateau Mouche, na Praça Seca.

Mensagens enviadas no mesmo dia detalham a movimentação:

“Já é, come quieto tá aqui também (…) nós tá [SIC] aqui no Batô com o velho. Maior desespero (…) joguei os bagulho lá no setor (…) voltei correndo com a mochila da maconha, com a dos amigo do pó”


Traficante atuava armado e ostentava

Luiz Felipe Honorato Silva Romão, o Mangabinha — Foto: Reprodução

O cruzamento das mensagens analisadas mostra que Mangabinha atuava como segurança do tráfico na Cidade de Deus, circulando armado e mantendo diálogo frequente com outros criminosos do Comando Vermelho.

O relatório aponta que ele também enviava vídeos em que ostentava fuzis e comentava a rotina de confrontos.

Investigação já tinha identificado participação no assassinato

A Delegacia de Homicídios da Capital já havia identificado Mangabinha como um dos autores dos disparos que atingiram José Antônio.

As conversas reforçaram a conclusão de que ele esteve diretamente envolvido no ataque e que buscou esconder armas após o confronto.


Morte por agentes da Core

Mangabinha era foragido e tinha dois mandados de prisão em aberto — por evasão e por homicídio do agente da Core.

Ele foi localizado na área conhecida como Karatê, na Cidade de Deus, e morreu em confronto ao reagir à tentativa de prisão.


O que diz a Core

A coordenadoria afirmou que as ações são “pautadas pela técnica, legalidade e rigor operacional” e que seguem com o objetivo de proteger vidas e responsabilizar criminosos.

O policial civil José Antônio Lourenço, morto em maio deste ano — Foto: Reprodução


VEJA AQUI O VÍDEO 


Fonte: g1 RJ




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