Debate acalorado entre vereador e o prefeito Theodorico Ferraço termina em incidente dentro da prefeitura, com intervenção de auxiliares para evitar agressão
Um episódio de forte tensão política marcou uma reunião na Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim nessa quinta‑feira (18), quando o vereador João Machado (PDT) protagonizou um confronto com o prefeito licenciado, Theodorico Ferraço (PP), segundo apurou a Folha do ES. O embate, que ocorreu dentro do gabinete do Executivo, quase evoluiu para uma agressão física, mobilizando auxiliares e secretários para conter o parlamentar.
De acordo com relatos de servidores presentes, a reunião havia sido organizada pela bancada do PDT para tratar da relação do partido com o governo municipal e contou com a presença do vice‑prefeito Júnior Corrêa (Novo). Em determinado momento, Corrêa repreendeu Machado por vídeo publicado nas redes em que o vereador afirmava que uma emenda de sua autoria garantiria aumento no tíquete‑alimentação dos servidores no próximo ano — uma alegação que foi contestada pela prefeitura por não corresponder à competência jurídica do Legislativo municipal.
Após o encerramento formal da reunião, Ferraço e João Machado se dirigiram à sala do prefeito para conversas institucionais, quando a troca de palavras se intensificou. Testemunhas relataram que Machado teria adotado tom debochado ao desafiar Ferraço sobre a resolução de uma obra pública, levando a uma reação ríspida do chefe do Executivo, que já havia ordenado a retirada do vereador do gabinete.
O clima, conforme apurado, saiu do controle quando Machado avançou em direção ao prefeito de 88 anos — cuja mobilidade foi mencionada por presentes — e só não concretizou agressão física devido à pronta intervenção de auxiliares, entre eles o secretário Fabrício do Zumbi e o vereador Arildo Boleba.
A Prefeitura divulgou nota repudiando o incidente e ressaltou que debates políticos são legítimos, desde que respeitem a institucionalidade e a segurança. A administração afirmou ainda que “não há espaço para condutas que atentem contra o respeito e o funcionamento do serviço público”. A Câmara Municipal, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente sobre a conduta do parlamentar, que pode responder por quebra de decoro.
Da redação com informações do Folha do ES


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