Britânica foi a óbito após misturar remédios com uma taça de vinho; caso alerta para perigos da automedicação
Morte de Amie acende alerta para automedicação — Foto: Reprodução | Redes SociaisUma mulher de 37 anos, identificada como Amie Barnes, foi encontrada morta na cama do namorado, no condado de Lancashire, noroeste da Inglaterra, na manhã seguinte a uma noite em que tomou vários analgésicos para aliviar dores lombares crônicas junto de uma taça de vinho, em junho. A família e amigos afirmam que ela aguardava por uma cirurgia na coluna.
As autoridades iniciaram uma investigação sob suspeita de crime, pois havia sinais de sangue no rosto da vítima, o que levantou dúvidas sobre uma possível agressão. No entanto, a perícia concluiu que as marcas foram provocadas por acúmulo de sangue e pressão sobre o rosto enquanto Amie dormia. Segundo o inquérito realizado no Preston Coroner's Court, o laudo toxicológico não identificou nenhum medicamento isolado com dose letal. O que causou o óbito foi o uso combinado dos remédios com um pequeno consumo de álcool, que provocou sedação profunda.
Para o legista Richard Taylor, o caso configura um “misadventure”, ou seja, um acidente resultante de um ato em que não havia intenção de causar dano. Ele explicou que Amie provavelmente tomou “mais do que era sensato”, na busca por alívio da dor.
O falecimento da enfermeira e mãe de três filhos, com idades de 7, 12 e 19 anos, causou comoção entre amigos e colegas. A pedido deles, a torre de BlackPool, ícone da cidade vizinha, foi iluminada de rosa, cor preferida de Amie, por uma noite de homenagem. O gesto também serviu para chamar atenção à vulnerabilidade de pessoas com dor crônica que dependem de medicamentos potentes.
Olivia Drinkwater, enfermeira do Hospital Blackpool Victoria e amiga de Amie, ajudou a organizar as homenagens. Ela declarou que a colega era uma pessoa muito querida, amorosa e humilde, alguém por quem todos sentiam carinho imediato. Segundo ela, a morte foi totalmente inesperada e devastou amigos e familiares.
Amie trabalhou muitos anos como parteira no Blackpool Victoria Hospital, recentemente atuando também em Preston, e chegou a trabalhar como parteira especializada em luto. Segundo Olivia, ela fez muito pela comunidade de Blackpool.
Fonte: O Globo


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