Proteção solar em risco: médicos alertam contra desinformação nas redes


Tendências que defendem abandonar o protetor solar podem aumentar o risco de câncer de pele, afirmam especialistas


Uma onda de publicações nas redes sociais afirmando que protetor solar faz mal à saúde tem chamado a atenção de dermatologistas e autoridades médicas, que consideram essa tendência perigosa e baseada em desinformação. De acordo com especialistas, os filtros solares são produtos seguros e um dos principais instrumentos de prevenção contra os danos causados pela radiação ultravioleta (UV), incluindo o câncer de pele. 

Na internet, especialmente em plataformas como TikTok e Instagram, surgiram movimentos e conteúdos que incentivam usuários a interromper o uso de protetor solar ou buscar alternativas “naturais”, sob argumentos não científicamente comprovados, como a ideia de que os filtros seriam tóxicos ou piores para a pele do que a própria exposição ao sol. Essa narrativa tem sido amplificada por influencers sem formação médica, levando parte do público a questionar práticas de proteção consagradas. 

Especialistas alertam, porém, que essas afirmações são falsas. Pesquisas e análises científicas mostram que a exposição excessiva aos raios UV sem proteção está associada a um aumento significativo do risco de câncer de pele, incluindo os tipos mais perigosos, como o melanoma. O uso regular de protetor solar comprovadamente reduz o dano solar ao longo do tempo e é recomendado por dermatologistas em todo o mundo. 

Dermatologistas também enfatizam que os filtros solares comerciais passam por rigorosos testes de segurança e eficácia antes de chegar ao mercado. Não há evidências confiáveis de que os componentes desses produtos causem câncer ou sejam mais prejudiciais do que os próprios efeitos da radiação solar sobre a pele. 

Além de proteger contra queimaduras solares, o uso diário de protetor reduz o risco de envelhecimento precoce da pele, manchas e danos celulares. Mesmo em dias nublados, os raios UV podem atravessar nuvens e janelas, o que torna o uso do filtro importante mesmo em ambientes urbanos ou durante atividades cotidianas. 

A desinformação digital sobre o protetor solar é apenas um exemplo de como conteúdos sem base científica podem se espalhar rapidamente e influenciar comportamentos de saúde. Especialistas recomendam que o público procure informações de fontes confiáveis, como sociedades médicas e órgãos de saúde, em vez de confiar em tendências virais que não têm respaldo científico.




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