Sesa conclui investigação sobre parto de bebê de 6,5 kg em Colatina, mas mãe contesta resultado


Secretaria afirma que protocolos foram seguidos, porém mãe relata complicações graves durante o nascimento e questiona versão oficial

Foto: Reprodução/TV Gazeta

A Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) finalizou a auditoria aberta para analisar o parto do bebê que nasceu com 6,5 kg no Hospital São José, em Colatina, no Noroeste do estado. A revisão foi iniciada após a família denunciar possíveis falhas no atendimento. Apesar do parecer técnico apontar que os protocolos foram cumpridos, a mãe da criança discorda das conclusões e afirma que houve complicações sérias que não foram consideradas.

De acordo com a Sesa, a maternidade procedeu conforme as diretrizes clínicas e utilizou as informações enviadas pelo município sobre o pré-natal. A secretaria destacou ainda que a mãe, Ariane Borges, de 39 anos, se enquadrava em critérios de gestação de alto risco e que o histórico familiar incluía outros bebês grandes nascidos por parto normal. A pasta afirmou também que mãe e bebê apresentaram “boa evolução” após o nascimento.

Ariane, no entanto, contesta o relatório. Ela relata que o filho, Alderico, teve o ombro deslocado durante o parto e ficou cerca de cinco minutos sem respirar, o que teria exigido manobras emergenciais. Segundo a mãe, o recém-nascido segue com dificuldades motoras, inclusive limitações no braço lesionado, e continua passando por fisioterapia. A mulher afirma ainda que sofreu hemorragia intensa, necessitando 55 pontos após o procedimento.

A mãe também rebate a informação de que não teria comparecido a todas as consultas de pré-natal, e questiona a conduta adotada pela equipe médica no momento do nascimento. Para ela, as complicações vividas demonstram que a situação está longe de ser considerada normal ou dentro do esperado.

O caso ocorre em meio a uma fase sensível para a família: o companheiro de Ariane faleceu recentemente, ampliando o impacto emocional do episódio. Apesar disso, ela afirma que continuará buscando esclarecimentos e cobrando responsabilidades.

Em nota, a Sesa informou que o caso servirá como base para aprimorar a capacitação profissional e melhorar a integração de informações entre a atenção primária e as maternidades da rede pública, com o objetivo de fortalecer a assistência às gestantes e evitar falhas semelhantes.




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