Especialistas reforçam importância da imunização além da infância e adolescência para ampliar proteção contra cânceres ligados ao vírus
A vacina contra o papilomavírus humano (HPV), conhecida principalmente por sua aplicação em crianças e adolescentes, também é relevante para faixas etárias maiores, de acordo com especialistas em saúde. A imunização é a forma mais eficaz de prevenir infecções que podem evoluir para diversos tipos de cânceres ao longo da vida, incluindo de colo do útero, pênis, ânus e orofaringe.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacina contra o HPV para crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos, e — **até dezembro de 2025 — para jovens de **15 a 19 anos não vacinados no período adequado, como parte da estratégia de ampliar a cobertura vacinal.
Especialistas em imunização ressaltam que, embora a vacinação seja mais eficaz quando feita antes do início da vida sexual — pois o organismo ainda não teve contato com o vírus — ainda assim pode trazer benefícios significativos para pessoas que já iniciaram a vida sexual ou que estão em faixas etárias mais altas. Em clínicas particulares, por exemplo, a vacina é aplicada em pessoas de até 45 anos, sempre com avaliação médica sobre risco e benefício da imunização.
A razão dessa eficácia estendida é que o HPV tem mais de 200 tipos, e a vacina protege contra os tipos mais agressivos e associados a tumores. Mesmo que uma pessoa já tenha sido exposta a alguns subtipos, ela ainda pode desenvolver imunidade contra outros tipos que não foram adquiridos.
Dados de saúde pública também destacam que o HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e que está presente tanto em homens quanto em mulheres. A vacinação, somada ao uso de preservativos e exames preventivos regulares, é uma das estratégias mais efetivas para reduzir a incidência de doenças graves associadas ao vírus.
No Brasil, esforços governamentais têm buscado aumentar a cobertura vacinal, em meio a desafios de adesão em diversas regiões do país, especialmente entre meninos e adolescentes que não tomaram a dose na idade recomendada.
Profissionais de saúde também lembram que, além de proteger o indivíduo que é vacinado, a imunização ajuda a diminuir a circulação do vírus na população, contribuindo para a proteção coletiva.



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