A promoção de políticas
públicas de desenvolvimento faz uma ponte entre as ações de fomento as
atividades produtivas e o incentivo aos setores empresariais. No Espírito
Santo, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) exerce um papel de
relevância no processo de desenvolvimento do Estado, contribuindo para a
formulação e para a execução de políticas de fomento aos setores produtivos
capixabas.
Ao longo do tempo, a instituição se adaptou às exigências de cada fase do processo de evolução da economia estadual, na busca de instituir e ajustar seus mecanismos operacionais às necessidades de transformação, dinamização e diversificação de setores e regiões capixabas.
Ao longo do tempo, a instituição se adaptou às exigências de cada fase do processo de evolução da economia estadual, na busca de instituir e ajustar seus mecanismos operacionais às necessidades de transformação, dinamização e diversificação de setores e regiões capixabas.
Frente a esses
desafios, a diretoria do Bandes, empossada em abril deste ano, está preparada
para se posicionar no processo de desenvolvimento da economia capixaba nesta
fase particularmente desafiadora de correção de rumos e de crescimento
econômico retraído.
Conheça alguns direcionamentos apresentados pelo diretor-presidente, Maurício Cézar Duque, nesta entrevista.
Qual a estratégia do Bandes para contribuir no desenvolvimento econômico no Espírito Santo no cenário atual?
Estamos trabalhando em
duas vias: o desenvolvimento regional e setorial. Essa atuação engloba o
trabalho com o fortalecimento e o fomento ao empreendedorismo, à micro e
pequena empresa, ações que o Bandes já faz, ou seja, crédito com qualidade para
gerar oportunidades no Estado, pulverizando recursos para além das atividades
ligadas ao setor rural.
Mas o Bandes também
precisa ser um instrumento de apoio às políticas que gerem desenvolvimento
objetivo e distribuído, que gerem oportunidades também para que as médias e
grandes empresas possam encontrar terreno fértil para se desenvolver.
Como
esta atuação é alinhada ao Governo?
Temos uma Política de
Desenvolvimento Regional, que aponta o Bandes como um instrumento para apoiar
além do um crescimento econômico por meio do crédito, a distribuição desse
crescimento para as diversas regiões do Estado com equidade.
Outro ponto importante é a questão dos Fundos, campo em que o Bandes tem muita experiência. Somos gestores do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), o Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (Fundágua), o Fundo de Desenvolvimento e Participações do Espírito Santo (Fundepar), o Fundo de Desenvolvimento Econômico do Sul do Estado do Espírito Santo (Fundesul), e agora tudo indica que teremos participação também no Fundo Soberano, para o apoio a empreendimentos distribuídos regionalmente.
Outro ponto importante é a questão dos Fundos, campo em que o Bandes tem muita experiência. Somos gestores do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), o Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (Fundágua), o Fundo de Desenvolvimento e Participações do Espírito Santo (Fundepar), o Fundo de Desenvolvimento Econômico do Sul do Estado do Espírito Santo (Fundesul), e agora tudo indica que teremos participação também no Fundo Soberano, para o apoio a empreendimentos distribuídos regionalmente.
Outra linha de atuação
importantíssima que posso citar aqui é a coordenação das nossas ações de busca
de parcerias com o Programa de Concessões e Parcerias do Espírito Santo, que
trata de possibilidades de atuação conjunta com o setor privado. Lançamos recentemente
o portal Parcerias ES, com uma carteira de ofertas e de debate com o setor
produtivo capixaba, brasileiro e até estrangeiro. É importante frisar que
trabalhamos na perspectiva de que 2019 é um ano de ajustes, para uma posterior
retomada do crescimento econômico.
Com mais de 50 anos de atuação, como o Bandes tem aperfeiçoado a sua performance para manter-se moderna?
O Bandes é uma
instituição com mais de 50 anos de atuação no Estado e tem um importante papel
enquanto ferramenta de promoção do desenvolvimento, de geração de emprego e de
oportunidades na economia capixaba. Esta é a essência do banco. Ao mesmo tempo,
trata-se de uma instituição financeira e, por isso, precisa ser equilibrada
financeiramente, precisa ser sustentável. O Governo do Espírito Santo entende
perfeitamente que uma instituição financeira de desenvolvimento não tem como
premissa apenas o resultado financeiro, mas é salutar que qualquer instituição
financeira tenha resultados consistentes e que sejam utilizados para
realimentar o seu próprio sistema de fomento e financiamento. Procuramos manter
um equilíbrio na carteira do banco, diluindo o risco e, consequentemente, as
necessidades de provisionamentos. Na outra ponta, ampliamos o leque de captação
de recursos. Enfim, objetivamente, diversificar e melhorar o perfil da carteira
e captar mais contratos e com custos menores, ao passo que temos foco em tornar
as empresas capixabas mais competitivas, mais preparadas para a retomada do
crescimento econômico.
Nos últimos anos o banco caracterizou-se pelo atendimento ao microempreendedor rural e urbano. Quais desafios para atender os demais segmentos?
Está claro que
precisamos diversificar a carteira. O equilíbrio é reduzir o percentual de
participação dos setores mais representativos, o que não necessariamente
significa reduzir pura e simplesmente as operações para esse segmento. Temos
focado nossa atuação em setores que antes não tinham grande participação na
carteira do Bandes: médias empresas, indústrias e setor público, por exemplo.
Atuar nesses segmentos vai ampliar – e é o que esperamos – a carteira
global.
Com esta diversificação, quais novos segmentos serão priorizados?
A participação da
indústria no total de créditos do Bandes, por exemplo, está reduzida e reflete
uma oferta de produtos que não está em consonância com as expectativas do
segmento. Já iniciamos as conversas internas e também com a Federação das
Indústrias e demais entidades representativas para moldar linhas e/ou produtos
que possam fazer com que o Bandes volte a ser um parceiro importante do
segmento.
O Bandes voltou a atuar com o financiamento aos municípios. Como será este atendimento as prefeituras capixabas?
Lançamos recentemente o
Programa Bandes de Investimento nos Municípios do Espírito Santo (Procidades)
depois de cerca de cinco anos sem trabalhar com esse público. Com dotação
inicial de R$ 50 milhões e valor máximo financiável de R$ 25 milhões, o
programa pretende destinar R$ 200 milhões para os 78 municípios capixabas até
2022. A linha permite financiamento para obras e modernização de atendimento,
TI e infraestrutura dos municípios, com um diferencial, que é a possibilidade
de financiar itens até seis meses antes da solicitação.
Um dos grandes desafios da administração pública é ampliar o investimento em infraestrutura aliada à priorização dos recursos governamentais. Como atrair a iniciativa privada para atuar como parceira destes investimentos?
O Bandes também
coordena o site Parcerias ES, lançado no final de maio. O objetivo desta
ferramenta, que é uma porta de acesso ao Programa de Concessões e Parcerias do
Espírito Santo, é acelerar o investimento em infraestrutura, contribuindo para
que a gestão pública busque novas alternativas para o desenvolvimento do
Espírito Santo.
Essa iniciativa é uma
parceria com a Secretaria de Estado da Fazenda para aumentar essas entregas
para a população, com maior produtividade e competitividade das obras e
serviços públicos. O programa é um dos projetos prioritários do Planejamento
Estratégico do Governo do Estado para 2019-2022 e será uma ferramenta para
ampliar os recursos necessários para ampliação de obras e serviços,
contribuindo diretamente para o desenvolvimento econômico, ambiental e social
dos capixabas.
Informações sobre linhas de financiamento:
Bandes Atende: 0800 283 4202
Av. Princesa Isabel, 54, Centro, Vitória
App disponível para Android e iOS
www.facebook.com/bandesonline
www.bandes.com.br
Assessoria de Comunicação Social do Bandes