A
defesa agropecuária receberá US$ 200 milhões nos próximos cinco anos para
modernizar o controle de pragas e reestruturar os serviços de sanidade animal e
vegetal. Desse total, US$ 195 milhões virão do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID). Os US$ 5 milhões restantes serão aportados pelo governo
federal, como contrapartida.
O
contrato de empréstimo para o Programa de Modernização e Fortalecimento da
Defesa Agropecuária (Prodefesa) foi assinado ontem (4) pela ministra da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o representante do
BID no Brasil, Hugo Flórez Timorán. Autorizada pelo Senado Federal, a operação
de crédito foi firmada na cerimônia de celebração dos 60 anos do banco.
A
ministra da Agricultura disse que o Prodefesa permitirá que o Brasil continue
livre de doenças como a febre aftosa e de pragas como a mosca da carambola. Ela
também destacou que a modernização da defesa agropecuária tornará possível
aumentar as áreas livres de peste suína clássica.
“Estou
muito feliz com este momento porque um dos pilares da minha gestão é justamente
a defesa agropecuária. Hoje, o agro responde por mais de 40% das exportações
brasileiras e por isso precisamos aprimorar nossa vigilância internacional e
agilizar, pela informatização, a liberação de mercadorias, bem como inspeções,
registros e autorizações. Simplificar sem precarizar, como digo sempre, usando
a tecnologia a nosso favor”, disse a ministra.
Para o
representante do BID no país, o contrato de empréstimo mostra que a instituição
financeira tem interesse em manter o Brasil como parceiro estratégico. “Para os
próximos anos, vamos continuar acompanhando o país em seus esforços para
aumentar o ritmo de crescimento da produtividade e assim consolidar seus ganhos
sociais”, disse Timorán.
Detalhamento
Segundo
o Ministério da Agricultura, o controle e erradicação de pragas e doenças
receberão a maior parte dos recursos, no total de US$ 137 milhões. Os
investimentos em conhecimento e inovação para a defesa agropecuária ficarão com
US$ 35 milhões. A melhoria da eficiência dos serviços de defesa agropecuária
terão US$ 23 milhões. A contrapartida de US$ 5 milhões será aportada pelo
ministério, destinando-se ao acompanhamento e à avaliação dos projetos.
Depois
do Prodefesa, o Ministério da Agricultura está negociando o apoio do BID ao
Plano Agronordeste, que pretende ajudar pequenos e médios produtores do
Semiárido. Segundo Tereza Cristina, o Ministério da Economia autorizou a
aprovação da carta consulta de apoio da instituição financeira para março do
próximo ano.
Essa
não é a primeira parceria entre o BID e o Ministério da Agricultura. Em 2013, o
banco aprovou o Projeto Rural Sustentável, que promove a utilização de
tecnologias de agricultura com baixa emissão de carbono na Amazônia e na Mata
Atlântica. Em seis anos, o projeto beneficiou 25 mil produtores e atingiu 46
mil hectares.
Fonte: Agência Brasil!


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