O último domingo de janeiro (26), marca o Dia
Mundial contra a Hanseníase. Oficializado pelo Ministério da Saúde como Janeiro
Roxo, o mês é voltado à conscientização e alertas para a importância do
diagnóstico precoce, tratamento e ações de controle da doença.
Considerada uma das doenças mais antigas da
humanidade a hanseníase carregou por muitos anos o preconceito pelo seu poder
de incapacidade e deformidades físicas. É uma doença que tem tratamento e que
ainda no século XXI está rodeada de mitos. Entre eles estão, segundo a
referência técnica do Programa Estadual de Hanseníase, Alexandra Mello, as deformidades
causadas como sequelas da doença.
“Durante muitos anos, os pacientes com hanseníase eram isolados como forma de tratamento, por meio da política de isolamento compulsório. Ainda hoje, o desconhecimento e o preconceito para com a doença existem e o medo das sequelas também”, explica a profissional. Ela lembra que, quanto antes o paciente fizer o diagnóstico e iniciar o tratamento, maiores são as chances de não existirem sequelas.
Além disso, o Espírito Santo sinaliza, desde 2003, a manutenção de alto percentual de cura dos casos da doença. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 90% ou mais dos pacientes que iniciaram o tratamento e o concluíram de forma correta.
Outra questão é sobre a transmissão da hanseníase. “Os pacientes precisam se dirigir aos serviços especializados e seguir as orientações médicas e de toda equipe de saúde para que se obtenham os melhores resultados de tratamento e controle da doença”, informou Alexandra Mello.
“Durante muitos anos, os pacientes com hanseníase eram isolados como forma de tratamento, por meio da política de isolamento compulsório. Ainda hoje, o desconhecimento e o preconceito para com a doença existem e o medo das sequelas também”, explica a profissional. Ela lembra que, quanto antes o paciente fizer o diagnóstico e iniciar o tratamento, maiores são as chances de não existirem sequelas.
Além disso, o Espírito Santo sinaliza, desde 2003, a manutenção de alto percentual de cura dos casos da doença. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 90% ou mais dos pacientes que iniciaram o tratamento e o concluíram de forma correta.
Outra questão é sobre a transmissão da hanseníase. “Os pacientes precisam se dirigir aos serviços especializados e seguir as orientações médicas e de toda equipe de saúde para que se obtenham os melhores resultados de tratamento e controle da doença”, informou Alexandra Mello.
Hanseníase tem cura
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução prolongada que ataca a pele e os nervos periféricos do corpo humano. É contagiosa, porém de baixa infectividade e que tem cura. O tratamento da hanseníase é eficaz e disponibilizado gratuitamente em Unidades Básicas de Saúde do município de residência do paciente. Seguindo o tratamento corretamente, o paciente recebe alta por cura.
A população precisa ficar atenta aos
possíveis sintomas da doença como áreas na pele com manchas e/ou dormências,
falta de sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa. “Quanto mais cedo o paciente
identificar essas alterações de sensibilidade na pele e procurar o serviço para
ser feito o diagnóstico, menos sequelas da doença, em caso de confirmação, ele
vai ter”, informou a referência técnica estadual.
Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico
precoce, o tratamento oportuno e a investigação de contatos que convivem ou
conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada, com caso novo
diagnosticado de hanseníase são as principais formas de prevenção.
Hanseníase no Espírito Santo
Dados do Programa Estadual de Hanseníase
apontam que o Espírito Santo diagnosticou, em 2019, cerca de 482 novos casos de
hanseníase – dados preliminares. Em 2018, foram 467 novos casos. Mesmo com a
intensificação de descoberta de novos casos, os dados de 2019 se mantêm nos
mesmos patamares que no ano anterior.
Ao longo do ano, foram realizadas estratégias
pelo Estado, juntamente aos municípios, para o enfrentamento da doença, assim
como a busca ativa para a descoberta e diagnóstico precoce de novos casos, a
capacitação de profissionais e o acompanhamento adequado para a cura dos casos
confirmados.
Além disso, em 2019, o Espírito Santo
recebeu, em parceria com Ministério da Saúde, o NOVARTIS Brasil e ONG DAHW
Brasil, o projeto “Carreta da Saúde – Hanseníase”.
A carreta atendeu a 33 municípios capixabas
ao longo dos meses de outubro e dezembro, realizando mais de 2.100 atendimentos
com outros 72 casos confirmados da doença e a capacitação de 570 profissionais
da Atenção Primária. “Foi um sucesso. Os resultados que alcançamos se deram à
mobilização ocorrida para a organização e divulgação das ações nos municípios.
Tivemos a participação efetiva dos profissionais da saúde e das referências
técnicas municipais durante todo o processo”, afirmou Alexandra Mello.
Hospital Estadual Pedro Fontes (Colônia Pedro Fontes)
O Hospital Estadual Pedro Fontes (HPF) deu
início aos trabalhos em 11 de abril de 1937, no bairro que hoje é conhecido por
Pica-Pau, na zona rural de Cariacica. A unidade foi por anos referência em
tratamento da hanseníase no Estado.
Fundado pelo Dr. Pedro Fontes – daí a
referência ao nome – que à época era diretor do Serviço de Lepra no Estado do
Espírito Santo, o espaço tinha por objetivo deter a expansão da endemia e
solucionar definitivamente a questão de sua prevenção.
Durante muitos anos, os portadores de
hanseníase foram submetidos à internação compulsória. Mas, com o avanço do
conhecimento científico, esse procedimento foi suspenso. Já na década de 1970,
o Hospital Estadual Pedro Fontes passou a não receber mais pacientes para
internações compulsórias.
O hospital passou a tratar pacientes
remanescentes do isolamento, que permaneceram sob os cuidados do Estado. Muitos
deles, deixados pelos familiares, encontraram ali o lugar para chamar de lar,
onde constituíram as suas próprias famílias.
Assessoria de Comunicação da Sesa