O
Brasil aparece em 44º posição em um ranking da Organização das Nações Unidas
para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sobre uso de defensivos agrícolas.
Segundo os dados da entidade, o consumo relativo no país foi de 4,31 quilos de
defensivos por hectare cultivado em 2016.
Entre
os países europeus que utilizam mais defensivos que o Brasil, aparecem Países
Baixos (9,38 kg/ha), Bélgica (6,89 kg/ha), Itália (6,66 kg/ha), Montenegro
(6,43 kg/ha), Irlanda (5,78 kg/ha), Portugal (5,63 kg/ha), Suíça (5,07 kg/ha) e
Eslovênia (4,86 kg/ha).
Os
números constam do sistema FAOSTAT, o banco de dados da FAO que fornece
estatísticas de 245 países desde 1961 sobre alimentos e agricultura. Logo após
o Brasil aparecem a Alemanha, em 47º lugar, a França, em 48º e a Espanha, em
49º.
Sob o
critério de consumo de defensivos em função da produção agrícola, o Brasil
aparece em 58º lugar, com uso de 0,28 quilos de defensivo por tonelada de
produtos agrícolas. No balanço, foram utilizados os valores de produção de
grãos, fibras, frutas, pulses, raízes e nozes e o consumo total de defensivos
disponíveis no portal de estatísticas da FAO.
Nesse
ranking, estão na frente do Brasil países como Portugal (0,66), Itália (0,44),
Eslovênia (0,36), Espanha (0,35), Suíça (0,34), Países Baixos (0,29) e Grécia
(0,30). Em 59º lugar aparece a França, com uso de 0,26 quilos de defensivos por
tonelada de produtos agrícolas.
O
consumo de defensivos no Brasil é influenciado pela ocorrência de duas ou três
safras ao ano (cultivos de inverno e safrinha). Por causa disso, aqui é preciso
usar defensivos para o controle de pragas mesmo em safras de inverno e na
safrinha, pois não há quebra do ciclo de reprodução, em função das condições
tropicais da agricultura brasileira, enquanto que em regiões de clima temperado
as pragas são inativadas nos períodos de frio.
Qualidade
Segundo
o presidente da Comissão Codex Alimentarius, Guilherme Costa, o Brasil exporta
seus produtos agrícolas para 160 países e atende a todos os critérios de
qualidade estabelecidos pelos importadores.
“Há
todo um trabalho de controle que é exercido pelo setor privado e um trabalho de
verificação muito bem feito que é exercido pelo governo no sentido de atender a
essas legislações internacionais e também muitas vezes atender a determinadas
exigências de alguns países importadores que às vezes estabelecem limites mais
restritivos que as legislações internacionais e o nosso país atende isso de uma
maneira muito profissional e dando a segurança necessária para os
consumidores.”, diz Costa, que também é adido agrícola do Brasil junto à União
Europeia, em Bruxelas.
O
Codex Alimentarius é um programa conjunto da Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), criado
em 1963, com o objetivo de estabelecer normas internacionais na área de
alimentos.
Fonte: Canal Rural