O secretário de
Estado da Saúde, Nésio Fernandes, acompanhado do subsecretário de Estado
de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, apresentou, nesta segunda-feira
(03), em pronunciamento on-line, os resultados estatísticos da primeira etapa
da segunda fase do Inquérito Sorológico, realizado entre os dias 27 e 29 de
julho, em 13 municípios capixabas. Neste período, foram realizadas 8.374
testagens entre a população sorteada, com pessoas que têm contato com o
sorteado positivo e de pesquisadores.
“Diferente do
primeiro inquérito, as amostras do segundo são adequadas para uma leitura por
município”, explicou o secretário. O estudo aponta uma prevalência estadual de
6,52% (262 mil capixabas), sendo de 7,29% na Grande Vitória e 4,25% no
interior. “O resultado nos surpreendeu porque há uma redução estatística na
prevalência, se comparado com as demais fases do inquérito”, disse o secretário
Nésio Fernandes.
Na parte de Perfil
sócio-demográfico e sintomas, observou-se que as mulheres são a maioria dos
casos positivos e que a doença pode atingir mais pessoas que usam transporte
coletivo. Daqueles que testaram positivo 47,6% foram assintomáticos. A perda do
olfato é o sintoma mais comum, seguido de tosse e fadiga, dores musculares e
falta de ar.
De acordo com o secretário,
a menor prevalência pode estar relacionada ao fato de apenas as pessoas que
realmente estão ficando em casa terem sido encontradas no domicílio no momento
da visita do inquérito. “Além disso, pesquisadores apontam a possibilidade da
redução de anticorpos detectáveis com o passar do tempo. O teste pode ter
detectado apenas no anticorpo IgG , por um menor número de casos agudos, que
apontariam a presença de anticorpos do tipo IgM. A maior quantidade de
assintomáticos também pode ter afetado esse resultado por terem menos
anticorpos”, explicou.
O subsecretário Luiz
Carlos Reblin destacou que, por causa dessa possibilidade da queda da imunidade
após um período, estão sendo observados alguns pacientes que fizeram testes do
tipo PCR, e depois passado um tempo maior de 30 dias, testaram positivo
novamente no PCR. “Estamos recebendo essas notificações para que, a partir de
um protocolo de investigação feito por uma equipe de especialistas, verificar
se, de fato, estamos tendo caso de infecção. Estamos trabalhando com essa
possibilidade”, comentou.
Confira a
apresentação da primeira etapa da segunda fase do Inquérito Sorológico no
link: https://saude.es.gov.br/Inquerito_Sorologico
Assessoria de Comunicação da Sesa