Medida é para ajudar países pobres e em desenvolvimento
O presidente do Banco
Mundial, David Malpass, disse que está buscando aprovação do conselho, de US$
12 bilhões, para um plano de financiamento de vacina contra o novo coronavírus,
a fim de ajudar os países pobres e em desenvolvimento a garantir parcela
suficiente de doses quando estiverem disponíveis nos próximos meses.
Malpass afirmou, em
entrevista exclusiva à Reuters, que a iniciativa, parte dos US$ 160 bilhões em
financiamento de ajuda contra a crise do novo coronavírus prometido pelo credor
multilateral, tem como objetivo ajudar os países a adquirir e distribuir
vacinas antecipadamente para profissionais da saúde e outros trabalhadores
essenciais e expandir a produção global. Segundo ele, o conselho deve analisar
o plano no início de outubro.
A competição global
pelas primeiras doses da vacina contra covid-19 já é grande, meses antes de
qualquer aprovação, uma vez que os países ricos se movimentam para garantir o
abastecimento.
O governo dos Estados
Unidos prometeu mais de US$ 3 bilhões para garantir centenas de milhões de
doses de vacinas em desenvolvimento pela britânica AstraZeneca, pela gigante
farmacêutica norte-americana Pfizer e pela alemã BioNTech SE.
Malpass afirmou que o
plano do Banco Mundial visa a colocar os países pobres e de renda média, onde o
vírus está se espalhando mais rapidamente, no mesmo patamar que os países mais
ricos, garantindo financiamento para conseguir o abastecimento e um sistema de
distribuição, o que encorajará os fabricantes de medicamentos a atender sua
demanda.
Sem as primeiras
doses que podem controlar os surtos, muitos desses países correm o risco de um
colapso econômico que levará centenas de milhões de pessoas de volta à pobreza.
"Nosso objetivo
é alterar o curso da pandemia para os países em desenvolvimento de renda baixa
e média", disse Malpass. "É um sinal de mercado para os fabricantes
de que haverá financiamento disponível para os países em desenvolvimento e
haverá demanda."