Presidente afirmou que pacote traz benefícios e fluxo de investimentos
O
presidente Jair Bolsonaro disse hoje (19) que representantes do Brasil e dos
Estados Unidos concluíram, há poucos dias, as negociações de três acordos
demandados por empresários dos dois países, de facilitação de comércio, boas
práticas regulatórias e anticorrupção. “Esse pacote triplo será capaz de
reduzir burocracias e trazer ainda mais crescimento ao nosso comércio
bilateral, com efeitos benéficos também para o fluxo de investimentos”, disse.
Bolsonaro
participou da abertura da conferência de negócios US-Brazil Connect Summit
nesta segunda-feira, de forma virtual, e convidou os investidores a examinarem
a carteira de negócios do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), de
concessões e privatizações do governo federal. Ele destacou as novas
oportunidades de negócios no país, com a abertura do mercado brasileiro de gás
natural e o fortalecimento na área de biocombustíveis, “essenciais nesse
processo de reforma de nossa matriz energética”.
Para o
presidente, “há um enorme potencial” na agenda de cooperação entre os dois
países, e, diversas áreas de interesse comum. “Para o futuro, vislumbramos um
arrojado acordo tributário, um abrangente acordo comercial e uma ousada
parceria entre nossos países para redesenhar as cadeias globais de produção”,
afirmou.
Durante
seu discurso, o presidente também falou sobre a assinatura de acordo na área de
Defesa, com a abertura de novas oportunidades de cooperação entre as Forças
Armadas e as indústrias de ambos os países. “Esse é o primeiro acordo da
modalidade que os EUA firmam com um país da América do Sul, o que também
demonstra a disposição do lado americano em aprofundar a relação bilateral”,
ressaltou.
No
mesmo sentido, Bolsonaro disse que a entrada do Brasil na Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) é “um firme propósito do Estado
brasileiro, para o qual temos muito nos empenhado, tanto em nível técnico
quanto político”, com o apoio do governo dos EUA. “O ingresso do Brasil na OCDE
irá gerar efeitos positivos para a atração de investimentos nacionais e
internacionais e será mais uma evidência da nossa disposição em assumir
compromissos e responsabilidades compatíveis com a importância do nosso país no
sistema internacional.”
De acordo
com Bolsonaro, sua aproximação com o presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, inaugurou “uma nova etapa no relacionamento entre as duas maiores
economias e democracias do hemisfério”.
“A
prioridade que o Brasil confere a essa relação é clara e sincera. Desde o
início de meu governo, visitei os EUA em quatro oportunidades, e em todos
estive com o presidente Trump”, afirmou.
Setor privado
Para a
Confederação Nacional da Indústria (CNI), os acordos são pedra fundamental para
futuro livre comércio entre os dois países e para evitar a dupla tributação. Na
avaliação da entidade, embora não tratem de acesso a mercados, os acordos
abordam temas de última geração e possibilitam a economia de custos e a
ampliação da competitividade na relação entre os dois países.
“A
redução da burocracia, dos custos de transação e dos atrasos desnecessários
relacionados ao fluxo comercial de bens, a partir de medidas de facilitação de
comércio, proporcionará maior competitividade e eficiência às operações
comerciais realizadas entre os dois países”, informou em nota. “Por outro lado,
o estabelecimento de boas práticas regulatórias reconhecidas contribuirá para
promover maior transparência, coerência e segurança jurídica para a atividade
econômica, com a consequente redução de custos e o estímulo ao crescimento e
criação de empregos”.
Em
2019, o intercâmbio de bens e serviços entre Brasil e Estados Unidos foi
superior a US$ 100 bilhões em 2019.
Com Informações Agência Brasil