O distanciamento
social mudou hábitos de consumo e essa mudança foi sentida em todos os setores
da economia, em especial no setor de alimentação. No processo de se reinventar
para sobreviver em tempos de pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), bares e restaurantes
têm buscado apoio nas linhas de financiamento do Banco de Desenvolvimento do
Espírito Santo (Bandes) para manutenção da capacidade produtiva e na busca de
alternativas para adequação dos serviços neste momento.
Para atender os empreendedores capixabas, o Bandes oferece diferentes formas de
fortalecer os negócios do setor, por meio de uma política de crédito da
instituição que disponibiliza recursos para as empresas. Uma das alternativas
para o financiamento de empresários do segmento é a utilização dos recursos
provenientes do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), ligado ao Ministério do
Turismo, e que tem no Bandes uma das dez instituições de desenvolvimento no
País como repassador.
Para ter acesso aos recursos, as empresas precisam ter um certificado emitido
pelo Ministério do Turismo, o Cadastur. Com o Fungetur, os negócios voltados ao
turismo, especialmente bares, lanchonetes, cafés e empresas do ramo de
hospedagem, podem ter acesso ao crédito com carência e prazo de pagamentos
adequados.
Tradição e modernidade: Bar do Ceará aposta no delivery com comida de boteco
Um exemplo de empreendimento que buscou o Bandes para a manutenção de sua
atividade produtiva é o Bar do Ceará, um dos mais tradicionais de Vitória, com
mais de 60 anos de atuação. O começo foi em 1960, quando o “casal Ceará”,
Lourival e Oswaldina, decidiu abrir um pequeno empreendimento no bairro
Jucutuquara. O cardápio era enxuto: sardinha frita, batidinhas de maracujá,
gengibre e limão e cerveja gelada. Depois, ao cardápio original, introduziu-se
a famosa cesta de pastéis e atualmente, a empresa, em sua terceira geração, se
tornou famosa pelo atendimento e seu cardápio diversificado.
O empreendedor Lourival Nepomuceno Silva Filho, que herdou o apelido do pai,
Ceará, percebeu nos últimos anos uma mudança no hábito de consumo de seus
produtos, com um aumento da demanda para viagem. Com o novo cenário deste ano,
esse projeto precisou ser implementado com maior intensidade, devido às
restrições impostas pelo distanciamento social.
O negócio passa por mais uma transição, com a participação, agora, da Camila
Silva, a terceira geração do bar do Ceará, que chega com novas ideias e
modernização do empreendimento. O empresário buscou apoio no Bandes para a
adequação do negócio ao momento atual.
“Apesar do cenário atual, estamos otimistas para o futuro, principalmente pela
transição de geração que traz ‘sangue novo’ para o negócio, o que não só
possibilita o surgimento de novas ideias, mas também tirar antigos projetos do
papel, como o delivery”, enfatiza Lourival.
O novo canal de atendimento e de distribuição dos produtos do estabelecimento
tem dado bons resultados é uma adaptação ao mercado. “Não é surpresa que os
hábitos mudem constantemente, mas nunca foi tão forte a busca por conveniência
e praticidade como nos últimos anos, o que pode ser observado pela quantidade
de aplicativos de entregas, o que se intensificou na pandemia. Acreditamos que
seja um mercado, que apesar de não ser novidade, por muito tempo se limitou a
pizzas e lanches e cada vez mais cresce para cozinha especializada. E por que
não a comida de boteco? Dessa forma, queremos não só permanecer consolidando a
marca que é conhecida e respeitada, como expandir nossa atuação através do
delivery, considerando nossa excelente reputação construída ao longo desses 60
anos, sempre relacionada com qualidade e respeito ao cliente”, destaca o
empresário.
Gerência de Comunicação Institucional do
Bandes