O
estado do Espírito Santo vacinou, até o momento, cerca de 78 mil crianças
contra a poliomielite, o que corresponde a 38,2% do público-alvo, que é de
204,2 mil crianças de 1 a menores de 5 anos de idade em todo o estado. No
Brasil, cerca de 7 milhões de crianças ainda não foram vacinadas contra a
paralisia infantil. Até o momento, da população-alvo estimada de 11,2 milhões,
somente 4 milhões (20,31%) foram vacinadas contra a pólio.
Com o
conceito ‘Movimento Vacina Brasil. É mais proteção para todos’, a ação teve
início em 5 de outubro e se encerra no final do mês, simultaneamente à campanha
de multivacinação, que visa atualizar a situação vacinal de crianças e
adolescentes menores de 15 anos. Nesta última são ofertadas todas as vacinas do
calendário nacional de vacinação. A recomendação aos estados que não atingirem
a meta é continuar com a vacinação de rotina, oferecida durante todo o ano nos
42 mil postos de saúde distribuídos pelo país.
“O
Brasil reafirma o compromisso internacional assumido de manter o país livre da
poliomielite, com a realização da Campanha Nacional de Vacinação, que vai até o
final de outubro. No entanto, as coberturas vacinais municipais ainda são
heterogêneas, podendo levar a formação de bolsões de pessoas não vacinadas,
possibilitando a reintrodução do poliovírus”, disse o secretário de Vigilância
em Saúde, Arnaldo Medeiros.
Para
ter o esquema vacinal completo é preciso que as crianças sejam imunizadas com
quatro doses, administradas aos dois e quatro e seis meses de idade e mais dois
reforços, aos 15 meses e aos quatro anos. Depois disso, a criança deve
comparecer aos postos de saúde para tomar a dose de campanha anualmente, até
completar cinco anos de idade.
A
vacina é recomendada mesmo para as crianças que estejam com tosse, gripe,
coriza, rinite ou diarreia. Para crianças com infecções agudas, com febre acima
de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina, o Ministério da
Saúde recomenda aos pais que consultem um médico para avaliar se a vacina deve
ser aplicada. A vacina é extremamente segura e possui eficácia de imunização
entre 90% e 95%.
Poliomielite
O
Brasil está livre da poliomielite desde 1990 e, em 1994, o país recebeu, da
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de
Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território.
Entretanto,
ainda existem países endêmicos detectando casos da doença, Paquistão e
Afeganistão, que registraram, em 2020 (até 20/10) um total de 132 casos de
poliomielite. Por isso, a vacinação é fundamental para que casos de paralisia
infantil não voltem a ser registrados no Brasil.
A
poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a
criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam
o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos
membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá,
principalmente, por via oral.
O
Brasil é referência mundial em vacinação e o Sistema Único de Saúde (SUS)
garante à população brasileira acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas
pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, são disponibilizadas pela
rede pública de saúde de todo o país 18 vacinas para crianças e adolescentes no
Calendário Nacional de Vacinação, para combater mais de 20 doenças, em diversas
faixas etárias.
Com Informações ES Fala