Um novo estudo do Instituto de Pesquisa e Ensino (Idor) revelou que as internações por infecções respiratórias comuns em UTIs pediátricas tiveram uma queda de 80% em 2020 em comparação com os três anos anteriores
A queda mais
significativa no número de casos de outras gripes aconteceu entre as crianças.
Com todas as escolas do País fechadas, elas ficaram mais isoladas. Além disso,
diferentemente do que ocorre em outras doenças respiratórias, elas não são o
alvo preferencial da covid-19. Os mais vulneráveis são os adultos e o idosos.
Um novo estudo do
Instituto de Pesquisa e Ensino (Idor) revelou que as internações por infecções
respiratórias comuns em UTIs pediátricas tiveram uma queda de 80% em 2020 em
comparação com os três anos anteriores.
"As UTIs pediátricas
ficaram muito vazias", diz o pediatra José Colleti Jr., coordenador da UTI
do Hospital Assunção, em São Bernardo do Campo, que participou do estudo.
"Muitas fecharam porque não tinham pacientes e acabaram sendo
transformadas em UTIs de covid."
O estudo foi feito em
parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva Pediátrica em
15 hospitais da Rede DOr em Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Distrito
Federal. A confirmação dos primeiros casos de covid no fim de fevereiro e começo
de março, coincidindo com o início da temporada sazonal de doenças provocadas
por vírus respiratórios, alarmou os médicos, sobretudo os pediatras, porque as
crianças, normalmente, são mais vulneráveis aos patógenos respiratórios.
"Não é que os
vírus deixaram de existir, mas eles não circularam de forma tão intensa",
afirma a pediatra Patrícia Barreto, presidente do Departamento de Doenças do
Aparelho Respiratório da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo ela, uma lição importante a ser mantida com a volta às aulas: criança
com qualquer sintoma de doença respiratória não deve ser mandada para a escola.
Com informações Jornal O Estado de S. Paulo