A companhia registrou alta de 22% em suas receitas, atingindo valor de US$ 21,5 bilhões (R$ 123,8 bilhões)
Mesmo
com o boicote de anunciantes, a receita do Facebook cresceu acima do esperado
por analistas no terceiro trimestre. A companhia registrou alta de 22% em suas
receitas, na comparação com o mesmo período de 2019, atingindo valor de US$
21,5 bilhões (R$ 123,8 bilhões).
A
estimativa feita pela S&P Capital IQ, segundo o jornal britânico Financial
Times, era que a receita do Facebook ficasse em US$ 19,8 bilhões (R$ 114
bilhões).
Em
junho, grandes marcas, como Coca-Cola e Unilever, anunciaram a suspensão de
seus anúncios em redes sociais, como Facebook e Twitter. A medida das marcas é
um marco na escalada de esforços dos anunciantes para que as companhias
tecnológicas adotem mudanças em relação ao conteúdo publicado nas redes. A
iniciativa quer que as companhias façam mais para impedir o discurso de ódio.
Desde
que o movimento surgiu, analistas reduziram suas projeções para o Facebook. A
publicidade faz parte de quase toda a receita da marca, chegando a 98,8% do
total no terceiro trimestre deste ano.
A
expectativa é que o quarto trimestre traga resultados ainda melhores, disse a
companhia em seu relatório de divulgação de resultados. "Esperamos que a
taxa de crescimento da receita de anúncios do quarto trimestre seja maior do
que a taxa do terceiro, impulsionada pela forte demanda de anunciantes durante
a temporada de férias."
A
procura por publicidade na plataforma, ainda segundo a empresa, é resultado da
uma transferência do comércio offline para o online durante a pandemia. Nas
conferência com o mercado para comentar os resultados do trimestre, o
presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, enfatizou que a plataforma está
focando energias em construir um espaço para o comércio eletrônico.
No
período, a companhia também registrou lucro líquido de US$ 7,84 bilhões (R$
45,1 bilhões), uma alta de 29% na comparação com o mesmo período de 2019.
Em
relação aos usuários, tanto a base diária quanto a mensal ativa tiveram
crescimento de 12% na relação ano a ano. No primeiro caso, foram registrados
globalmente 1,82 bilhão de pessoas ativas na rede, contra 1,62 bilhão em 2019.
Apesar disso, no recorte Estados Unidos e Canadá, o Facebook perdeu
aproximadamente 2 milhões de usuários diários entre o segundo e o terceiro
trimestre de 2020.
Em
relação à base total de usuários mensais da rede, a plataforma fechou com 2,74
bilhões de pessoas ativas no período, contra 2,44 bilhões nos mesmos meses no
ano passado. Também houve queda de 1 milhão de usuários no recorte EUA e
Canadá.
Para a
empresa, a retração de usuários nesses dois países se explica porque houve um
pico de adesão no trimestre passado, causado pelo isolamento social durante a
pandemia da Covid-19, seguido de um ajuste. A projeção da companhia é que o
número nesses locais fique entre uma estabilidade ou pequena queda nos meses de
outubro a dezembro de 2020.
RAIO-X DO FACEBOOK
No 3º
TRI Lucro líquido: R$ 45,1 bilhões
Receita
operacional: R$ 123,8 bilhões
Valor
de mercado: R$ 4,60 trihões
Principais
concorrentes: Twitter, Snapchat (redes sociais); Telegram (aplicativo de
conversa por celular)
Com Informações Noticias ao Minuto