Aumento do e-commerce deve criar mais promoções na Black Friday

 


A Black Friday, que acontece na próxima sexta-feira (27), é uma das datas mais esperadas do ano para os consumidores e varejistas. Normalmente, o e-commerce movimenta grandes montantes de dinheiro neste período do ano e, em 2020, por causa da pandemia de coronavírus, a expectativa é de crescimento no setor.

De acordo com dados divulgados pela Receita Federal, entre março (mês de agravamento da pandemia de coronavírus no Brasil) e setembro, o faturamento real do comércio eletrônico cresceu 45% em termos reais, quando comparado ao mesmo período do ano passado. A quantidade de pedidos no varejo eletrônico, por sua vez, mais que dobrou no mesmo período, com avanço de 110% na quantidade de notas fiscais emitidas.

O aumento das vendas online, de acordo com Eduardo Honrado, diretor de marketing da Sono Quality, é ótimo, porque torna a Black Friday mais “abrangente e transparente”.

“Segmentos que antes não exploravam este tipo de campanha, agora participarão ativamente. O consumidor está mais antenado e exigente, portanto as empresas estarão muito mais atentas às estratégias de preço e condições, isto é, criarão promoções verdadeiras e fidedignas”, explica Honrado.


Crescimento do varejo online

Segundo levantamento da Ebit/Nielsen, na edição da Black Friday de 2019, o varejo online faturou R$ 3,2 bilhões – o que representou uma alta de 23,6% do evento de 2018, quando as vendas ficaram em R$ 2,6 bilhões.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um avanço real de 61,1% nas vendas exclusivamente online em comparação com a Black Friday de 2019. As lojas físicas, por sua vez, deverão ter um avanço de apenas 1,1% ante a data do ano passado.

Apesar do crescimento das vendas online, o varejo físico e segmentos não tão tradicionais, que ao longo dos anos aderiu cada vez mais a data, esse ano devem ser prejudicados por causa do isolamento social.

“Mais do que nunca a Black Friday tende a ser um evento do varejo promocional muito concentrado nas vendas online. O e-commerce tende a crescer ainda mais este ano”, afirma Fabio Bentes, economista da CNC.

Bentes diz acreditar que a pandemia acelerou o processo de aumento de bens de consumo no meio eletrônico.


Valedoitaúnas/Informações Mixvale
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