O número de chaves cadastradas chegou a 83,49 milhões
Os
usuários do Pix já fizeram 4,39 milhões de portabilidade de chaves, entre 5 de
outubro e o último domingo (22), informou hoje (24) o Banco Central (BC). O
número de chaves cadastradas chegou a 83,49 milhões.
As
chaves são a forma de identificação do recebedor no novo sistema de pagamentos
e transferências instantâneas. Com a chave, o pagador não precisa de dados como
número da instituição, agência e conta para fazer uma transferência. Para
cadastrar a chave, o cliente acessa o aplicativo da instituição em que tem
conta e faz o registro, vinculando a uma conta específica um número de telefone
celular, e-mail, CPF, CNPJ ou código aleatório de 32 caracteres com letras e
símbolos gerados pelo BC.
O
chefe adjunto no Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro
do Banco Central, Carlos Eduardo Brandt, disse que esse volume de portabilidade
é “bastante natural”. “É um movimento natural do início de operação do Pix onde
várias pessoas cadastraram a sua chave, ainda sem ter certeza sobre qual
instituição gostariam de manter a chave que cadastrou. E aí ao longo da
utilização, esse movimento de portabilidade foi acontecendo. Não significa
necessariamente que a pessoa encerrou uma conta em uma instituição”, disse
Brandt.
Para
fazer a portabilidade da chave, é preciso acessar o aplicativo da instituição
financeira de destino e fazer o pedido. Ao receber o pedido de confirmação da
sua instituição de origem, é necessário confirmar a portabilidade, em até 7
dias. Outra forma é pedir para registrar a mesma chave em outra instituição e
aguardar a pergunta sobre o desejo de fazer a portabilidade.
Primeira semana
Entre
os dias 16 e 22 deste mês, o volume de operações chegou a 12,2 milhões, com
valor financeiro de R$ 9,3 bilhões. O Pix começou a funcionar plenamente
no último dia 16.
“O
Banco Central considera que a primeira semana de operação plena foi bastante
positiva. Desde o primeiro dia, o número de operações atingiu um patamar
bastante elevado”, disse o chefe do Departamento de Competição e de Estrutura
do Mercado Financeiro do BC, Ângelo Duarte.
Segundo
Duarte, os sistemas do BC funcionaram plenamente e algumas instituições
financeiras tiveram problemas momentâneos em que precisaram diminuir o ritmo
das transações ou fazer desconexões. “Isso acontece com todos os meios de
pagamentos. Ao longo da semana esse número de intercorrências foi diminuindo e
no final da semana já estava próximo de zero”, acrescentou.
Duarte
acrescentou que o valor médio das transferências está aumentando porque os
usuários estão mais confiantes. “As pessoas estão ganhando confiança e vão
fazendo transações de maior valor”, disse.
Transferências com internet
desconectada
O BC
deve oferecer aos usuários do Pix a possibilidade de fazer transferências e
pagamentos, mesmo sem estar conectado à internet, por meio de um QR code offline.
“Mas quem recebe o dinheiro precisa estar conectado à internet. O recebedor que
geralmente é uma empresa vai precisar estar conectado e é essa conta que vai
gerar a transação do Pix. Está Previsto para acontecer dentro das próximas
ações. Não temos a data definida para essa funcionalidade. É mais uma
conveniência que será oferecida para a população brasileira”, disse Brandt.
Com Informações Agência Brasil