Estudo preliminar conduzido pela Universidade da Califórnia diz que um anel com sensores pode identificar covid-19 em pessoas com sintomas leves
Um
anel com sensores pode identificar se alguém está com covid-19, mesmo em
casos que o paciente apresente apenas sintomas leves. É o que diz um
estudo preliminar conduzido pela Universidade da Califórnia, nos Estados
Unidos.
Dispositivo
chamado Oura Ring pode ser um melhor indicador de doença do que um
termômetro, e levar ao isolamento e testes mais cedo, reduzindo a propagação de
doenças infecciosas. O sensor feito pela startup finlandesa Oura, mede
também continuamente o sono, as frequências cardíacas e respiratórias.
O anel está disponível para venda e pode ser conectado a um aplicativo
móvel.
O estudo analisou
dados de cinquenta pessoas previamente infectadas com covid-19 e descobriu
que as informações obtidas do anel com sensores teve precisão de identificar
temperaturas mais altas em pessoas com sintomas leves. A descoberta foi
publicada na revista científica Scientific Reports em 14 de dezembro
de 2020.
Embora
não se possa afirmar a eficácia com que o anel inteligente possa detectar
covid-19 em assintomáticos – que afeta entre 10% a 70% das pessoas
infectadas, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA
– os autores relataram que, para 38 dos 50 participantes, a febre foi
identificada quando os sintomas não foram relatados.
Os
pesquisadores analisaram semanas de dados de temperatura para determinar
intervalos típicos para cada um dos 50 participantes. “A medição de temperatura
de um único ponto não é muito significativa. As pessoas entram e saem da febre,
e uma temperatura claramente elevada para uma pessoa pode não ser uma grande
aberração para outra. Informações contínuas sobre a temperatura podem
identificar melhor a febre”, disse Ashley Mason, pesquisador e líder do estudo.
Apesar
do número de participantes do estudo preliminar ser pequeno para comparar com
toda a população, os autores disseram que conseguiram verificar que anel
inteligente detectou doenças quando os sintomas ainda eram sutis. “Isso levanta
a questão de quantos casos assintomáticos são realmente assintomáticos e
quantos podem simplesmente passar despercebidos ou não relatados”, disse o
pesquisador Benjamin Smarr.
Os
pesquisadores forneceram os anéis para cerca de 3.400 profissionais de saúde em
todos os Estados Unidos e trabalharam com a fabricante do dispositivo
para convidar os usuários existentes a participarem do estudo por meio do
aplicativo Oura, resultando na inscrição de mais de 65.000 participantes
em todo o mundo. Com isso a equipe de pesquisadores poderão ter dados de mais
pessoas para a conclusão do estudo. “A esperança é que as pessoas
infectadas com covid sejam capazes de se preparar e isolar mais cedo, chamar
seu médico mais cedo, notificar as pessoas com quem eles estiveram em contato
mais cedo e não espalhar o vírus”, concluiu Mason.
Com Informações Exame