País abriu pregão para compra de 330 milhões de seringas
As
primeiras doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria
com a farmacêutica AstraZeneca, finalizadas no Brasil, estarão disponíveis na
semana do dia 8 de fevereiro. Em audiência pública na Comissão Externa de
Enfrentamento à Covid-19, da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (22), a
presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, disse
que, pelo calendário programado, nas semanas de 8 a 12 de fevereiro e de
15 a 19 de fevereiro, serão entregues 1 milhão de doses. A partir da
terceira semana, de 22 a 26 de fevereiro, serão 700 mil doses diárias da
vacina, totalizando 3,5 milhões de doses por semana.
A
programação, no entanto, dependerá do registro dos imunizantes pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na
mesma audiência, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde,
Arnaldo Medeiros, disse que, além da vacina produzida pela Fiocruz, as
negociações do Brasil com a Pfizer estão avançadas e o contrato já em processo
de finalização. Em parceria com o laboratório alemão BioNtech, a Pfizer
produziu a primeira vacina aprovada internacionalmente contra a covid-19. “A
expectativa é de 8 milhões de doses no primeiro semestre de 2021 e de outras 62
milhões de doses no segundo semestre do ano que vem, totalizando 70 milhões de
doses da vacina da Pfizer em 2021."
Outro
contrato também adiantado, segundo o Ministério da Saúde, é com o Instituto
Butantan para 46 milhões de doses da CoronaVac. A partir de janeiro, depois de
aprovado por agência regulatória, serão adquiridas 9 milhões de doses em
janeiro, 15 milhões em fevereiro e 22 milhões em março, de acordo com
cronograma de entrega proposto pelo Butantan. “Ontem tivemos reunião [com o
Butantan] para expandir essa compra para 100 milhões no primeiro semestre”,
disse o secretário.
Ainda
sobre a aquisição de vacinas, Medeiros também adiantou aos deputados que o
consórcio Covax Facility, iniciativa global capitaneada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), “muito em breve” disponibilizará doses da vacina para o
Brasil. O que não se sabe ainda é a qual das vacinas via consórcio o Brasil
terá acesso primeiro.
Emergência
A
presidente da Fiocruz destacou que o Brasil também está em esforço grande para
conseguir doses prontas para uso em caráter emergencial. Nesse caso, desde que
haja registro por algum órgão internacional equivalente à Anvisa, a agência
brasileira poderá liberar a vacinação emergencial em até dez dias.
“Estamos
em um esforço junto com o ministro da Saúde [Eduardo Pazuello] para uma vez a
vacina tendo registro, e está previsto o registro possivelmente no Reino Unido
e na Comunidade Europeia, nas agências de vigilância que têm equivalência com a
Anvisa, para, se possível, termos vacinas prontas enquanto estamos processando
essa produção. Esse é um esforço adicional, mas é difícil porque em todo mundo
foram feitas várias contratualizações da vacina. Estamos tentando os dois caminhos”,
ressaltou Nísia Trindade.
Segundo
Nísia, na semana que vem está prevista uma reunião de técnicos brasileiros com
a direção da AstraZeneca para tratar do assunto.
Seringas
A
aquisição de seringas para a imunização também foi questionada pelos deputados.
Segundo Arnaldo Medeiros, o pregão está aberto para a compra de 330 milhões de
seringas. “A expectativa é de que o fechamento do contrato seja 10 de janeiro,
está tudo encaminhado”, garantiu. Paralelamente, ele disse que está sendo
montado um curso para preparar os profissionais que vão atuar na vacinação.
Com Informações Agência Brasil