Senado deve votar PEC para destravar auxílio sem medidas polêmicas, diz líder
Até esta sexta-feira, 19, o senador Marcio Bittar (MDB-AC) deve entregar uma versão do parecer para discussão entre os parlamentares e apresentação de emendas
A Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) para destravar o novo auxílio emergencial deve
incorporar itens do pacote fiscal em tramitação no Senado, mas sem as medidas
mais polêmicas de corte de despesas. A informação foi dada pelo líder da
minoria na Casa, Jean Paul Prates (PT-RN), em coletiva de imprensa após reunião
de líderes partidários.
Conforme
o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado)
antecipou, os partidos fizeram um acordo para pautar a PEC na próxima
quinta-feira, 25, no Senado.
Até
esta sexta-feira, 19, o senador Marcio Bittar (MDB-AC) deve entregar uma versão
do parecer para discussão entre os parlamentares e apresentação de emendas.
Conforme a negociação, a medida poderá ser aprovada em dois turnos no mesmo dia
e seguir para a Câmara.
O
governo prepara a edição de uma medida provisória para viabilizar o pagamento
de uma nova rodada do auxílio emergencial após a aprovação da PEC no Congresso,
abrindo um crédito extraordinário no orçamento, de acordo com o senador. Esse
crédito criaria uma nova despesa sem redução de outros gastos, aumentando o
endividamento da União. "Será uma PEC recauchutada e provavelmente
livrando as questões mais polêmicas", disse Jean Paul Prates.
De
acordo com o líder da minoria, o governo se comprometeu em manter três ou
quatro itens na PEC a ser votada, resgatando itens das três propostas do pacote
fiscal que foram apresentadas em 2019. As medidas votadas agora ficaram em
torno de ressalvas para o cumprimento da regra de ouro, sustentabilidade da
dívida e um "equilíbrio fiscal intergeracional", sem redução imediata
de despesas.
O
senador pontuou que não houve compromisso em votar os itens mais polêmicos,
como redução de salário e jornada de trabalho de servidores públicos, no
futuro. Ou seja, o governo destravaria o auxílio, mas sem uma garantia de
agenda fiscal no futuro. "Vai vir a proposta e vamos discutir a medida por
emendas e destaques. O que não passar, o governo vai ter que engolir, como a
questão dos servidores", disse o senador.
Com Informações Notícias ao Minuto
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