Desembargador considerou que houve uma utilização ilegal de provas para iniciar as investigações da Operação Vendilhões. Religioso sempre negou qualquer irregularidade.
![]() |
Padre Robson era investigado por desvio de dinheiro da Afipe — Foto: Reprodução/TV Anhanguera |
Em nota, o Ministério Público informou que recorrerá da decisão que negou a análise do recurso apresentado.
Segundo as investigações do MP, o padre Robson, então reitor da Afipe, que administra o Santuário Basílica de Trindade, usou dinheiro doado por fieis para comprar fazendas, casa na praia e até um avião. Ao todo, o prejuízo para a associação chegaria a mais de R$ 100 milhões.
A Operação Vendilhões surgiu após uma investigação que apurou uma série de extorsões feitas por hackers contra o padre para que um suposto relacionamento amoroso dele não fosse divulgado. Ao todo o padre pagou R$ 2,9 milhões com dinheiro da Associação dos Filhos do Divino Pai Eterno (Afipe) em troca do arquivamento das mídias.
Segundo a decisão do STJ, os dados dessa investigação foram compartilhados, tendo sido “ilegalmente utilizados pelo Ministério Público para iniciar a persecução”.
A defesa do padre disse que a sentença reconhece a inocência do religioso. “Isso, finalmente, faz justiça à honesta administração conduzida por padre Robson à frente da Associação Filhos do Pai Eterno”, disse o advogado Pedro Paulo de Medeiros.
O religioso continua afastado das funções como padre. Com a sentença, a defesa espera que ele possa voltar a realizar missas e outras celebrações.
G1