Quando voltarem definitivamente, os grandes shows no Espírito Santo não vão custar o olho da cara. Muito pelo contrário: os ingressos para a retomada dos eventos no Estado devem flutuar entre o quanto eram antes da pandemia da covid-19 com preços oscilando só à medida em que são vendidos (os famosos lotes).
Isso porque, os empresários do entretenimento capixaba vão segurar os preços para atrair visitantes a partir da nova temporada de shows no Espírito Santo. A expectativa é bombar as agendas culturais aproveitando o verão, réveillon e Carnaval 2022 na Grande Vitória e Guarapari.
Por enquanto, alguns shows já foram anunciados e até vendas já foram retomadas, como é o caso da empresa de Felipe Fioroti, que tem casas tanto em Guarapari quanto na Grande Vitória.
“Na pequena retomada do ano passado, as bebidas vieram com mesmo preço, mas os ingressos encareceram pelo número reduzido de público. Agora isso já mudou. No Verão 2022 a gente espera trabalhar com 100% da lotação, então a ideia é ter a operação normal. Alguns eventos do verão só estão mais caros porque largou com preço normal, mas já estão no 3º, 4º lote”, explica Fioroti.
É o mesmo que Nelinho Miranda, sócio de outra famosa casa de shows de Guarapari, também fala: “O valor depende muito, principalmente, de quanto público haverá no evento, de quantos shows terão… Mas a gente vai manter o preço acessível e vai moldando a partir da procura, como a gente sempre fez. Não adianta agora querer ir com sede ao pote. Show nosso tem 15 mil pessoas, a gente tem que ter essa consciência. Do quanto aquela pessoa já vai gastar para estar lá, do potencial de ela ir a mais shows que só em um”.
Para os dois empresários a expectativa está nas alturas. O trade do entretenimento, no geral, aguarda o Verão 2022 ansiosamente para começar a voltar a promover shows a todo vapor. Atrações nacionais como Alok, Marília Mendonça, Zé Neto e Cristiano e Wesley Safadão já estão confirmadas para agitar Guarapari.
Em contrapartida, foram os cachês dos artistas que aumentaram consideravelmente. Segundo Nelinho, cerca de 30%: “As bandas quase 100% delas o valor aumentou. Alguns poucos se mantiveram ao valor que eram, mas os cachês aumentaram de 20% a 30%. E a gente está em momento de retomada, de recomeço, depois de tantos meses. Estamos com Léo Santana para o réveillon, Tierry e Marília Mendonça para o dia 1º e quatro shows nacionais para o dia 2”.
"A gente está esperando a recomendação do governo do Estado, mas a expectativa do mercado é muito boa. No Brasil todo. Empresários de São Paulo, Rio e Nordeste estão muito otimista com relação aos próximos meses” - Nelinho Miranda
Fioroti concorda: “Hoje os shows que estão abertos já são para o verão para os critérios de hoje, que tem que ter o comprovante de vacinação, então para a gente não teve custo a mais nesse sentido. Essa economia voltou com muita sede, com restaurantes com música ao vivo, muita coisa nesse sentido. Então não aumentamos a margem de lucro nem o custo, só alguns cachês aumentaram, para a venda de ingresso seguir a oferta e procura”.
Foto: Alisson Demetrio Photo |
Para Fioroti, o ideal só seria um incentivo fiscal, como outros setores receberam, como ajuda para a retomada. “Por enquanto não houve nenhum incentivo fiscal municipal e estadual. No federal foi aprovado um programa chamado Perse, um programa emergencial de eventos, mas que ainda depende da sanção do presidente. Essa medida daria isenção de alguns impostos federais para a retomada, o que já é alguma coisa”, termina.
Os ingressos para os shows que já estão marcados no Espírito Santo seguem à venda pela internet.
Fonte: Folha Vitória