NO LUGAR DE CARRO? Disparam as vendas de bicicletas elétricas no país


Bikes elétricas já cresceram 24,5% no ano, e devem bater recorde em 2021, segundo associação.


As bicicletas elétricas estão em alta. 2021 deve fechar como o ano com mais vendas desse veículo de mobilidade no Brasil.

No lugar de carros
Dados obtidos mostram crescimento de 24,5% na produção e importação das bikes elétricas, entre janeiro e agosto desse ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram 26.671 unidades nos primeiros 8 meses de 2021.

O levantamento é da Aliança Bike, associação brasileira de empresas do setor de bicicletas. A previsão é de alta de 34% para as bikes elétricas ao final de 2021, o que será o recorde do setor — total de 43 mil unidades.

A entidade ainda não acredita que alta nos combustíveis tenha impacto na procura por bikes elétricas, mas aponta que, mesmo antes da gasolina estar nas alturas, 56% dos ciclistas com bikes elétricas usavam carro para se deslocar.

Motivos da alta nas vendas
Para Daniel Guth, presidente da Aliança Bike, as bicicletas elétricas estão ganhando mais adeptos por alguns fatores. Um crescimento orgânico acontece por conta dos próprios usuários que indicam para amigos e conhecidos, por exemplo.

"As empresas também estão ofertando mais modelos com o passar dos anos. Existem opções de entrada, mas também as mais especializadas, como as de mountain bike e ciclismo de estrada. Cada vez temos mais empresas e mais ofertas", afirma.

Mesmo com o crescimento, as bicicletas elétricas ainda representam apenas 1% do total de bicicletas no Brasil, explica Guth. São cerca de 120 mil de bikes elétricas. "Em uma pesquisa que fizemos, o consumidor diz que o valor ainda é impeditivo", afirma Guth.

Para a Aliança Bike, o alto valor do veículo está ligado a tributação. "Mesmo que tenha maior escala, a bicicleta elétrica ainda será muito mais cara do que o mercado é capaz de absorver".

"Somente o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) é de 35%", diz Guth.

Bicicleta elétrica não pode ter acelerador
Para ser considerada uma bicicleta elétrica e poder rodar nos mesmos lugares que uma bicicleta convencional, como nas ciclovias e ciclofaixas, o modelo tem que seguir as seguintes regras:
  • Não ter acelerador.
  • Motor só pode funcionar quando o ciclista pedala.
  • Velocidade máxima de 25 km/h.
  • Potência máxima de 350 Watts.
Os veículos que não se encaixem nessas regras são equiparados aos ciclomotores — que são aquelas motos com motor de até 50 cm³.

Nesse caso, por exemplo, se a bicicleta tiver um acelerador manual deverá seguir as mesmas regras que as "cinquentinhas", ou seja, precisa ser emplacada, o condutor tem que ter CNH (Carteira Nacional de Habilitação) específica e não pode rodar em ciclovias.


Fonte: G1 




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