Com o aumento da gasolina, consumidores têm se arriscado e ANP alerta sobre perigos.
Com o anúncio de reajuste dos preços da gasolina e do diesel mais uma vez neste ano, consumidores tentam estocar combustível para evitar mais prejuízos no bolso.
Em Belo Horizonte, houve corrida aos postos na noite desta segunda-feira (25). Além de encher o tanque do carro, teve gente levando para casa o combustível em galões.
O reajuste anunciado desta vez foi de 7,04% e está valendo desde terça-feira (26). Este foi o segundo reajuste somente este mês. No dia 9, a gasolina já tinha subido 7,2%.
A prática é permitida. Porém, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) alerta para os riscos de armazenamento.
Os postos podem vender combustíveis em recipientes?
Podem, mas devem ser recipientes aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), mas, mesmo assim, a ANP faz ressalva.
“Nas circunstâncias citadas, motivadas por variações de preços e expectativa de aparente de economia, onde há risco elevado a vida, ao patrimônio e ao meio ambiente, os postos revendedores de combustíveis não devem comercializar produtos em vasilhames transportáveis”.
Quais recipientes não devem ser usados?
Garrafas pet e vasilhames que não têm o selo do Inmetro. Além disso, nenhum recipiente deve ser reaproveitado para este transporte.
Isso vale para gasolina, diesel e álcool?
Sim. A orientação se aplica a todos os combustíveis.
É permitido estocar combustível em casa?
Não. “Por restrição legal e elevado risco à vida, ao patrimônio e ao meio ambiente o consumidor não pode e não deve, armazenar e manusear combustível em casa”, diz a ANP.
As regras são iguais para todos os estados?
Sim. Elas se aplicam a todo o território nacional.
Regras para galões
A Portaria 141, de 28 de março de 2021, acaba com um hiato de seis anos de espera pela regulação, visto que a Resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) 41/2013 definia que a venda só poderia ser realizada em embalagens certificadas, mas não estipulava as regras e início de inspeção.
Confira os principais itens:
Os recipientes de combustíveis devem ser rígidos, metálicos ou não-metálicos, certificados e fabricados para esta finalidade;
No caso de recipientes não metálicos, a capacidade máxima deve ser de 50 litros e possuir alça. Os vasilhames devem atender aos regulamentos municipais, estaduais ou federais aplicáveis. Acima desse volume, os recipientes devem ser metálicos;
A embalagem deve ser provida de tampa rosqueada ao seu corpo ou outro mecanismo de fechamento que permita a sua reutilização e perfeita vedação.
No ano, o diesel já acumula alta de 65,3% nas refinarias. Já a gasolina subiu 73,4% no mesmo período.
Com Informações G1