CALAMIDADE | Sobe para 34 o número de mortos por causa da chuva em Petrópolis (RJ)


A prefeitura decretou estado de calamidade pública no município nesta última terça-feira (15)


Subiu para 34 o número de mortos em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, por causa da chuva. Foram contabilizadas 207 ocorrências, das quais 171 foram por deslizamentos. Ao longo da madrugada desta quarta-feira (16), os agentes da Defesa Civil atuaram em ocorrências e realizaram rondas pela cidade. Vários pontos do centro estão com vias obstruídas.

“A cidade se encontra devastada, neste momento, um passivo do ponto de vista estrutural gigantesco. Uma situação muito difícil. Petrópolis já tinha sido vítima de muita chuva no mês de janeiro e agora veio essa chuva maior”, disse o prefeito Rubens Bomtempo (PSB) em entrevista exclusiva no 1º Jornal.

No momento, 184 pessoas estão sendo atendidas nas estruturas, em sua maioria escolas, com o suporte de assistentes sociais, profissionais de Saúde, Educação e Agentes Comunitários, além da Defesa Civil.

Até o momento, na localidade conhecida como Morro da Oficina, no Alto da Serra, é estimado que 80 casas tenham sido afetadas. Em outras regiões como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga também há registros.

Um hospital de campanha vai ser instalado para o auxílio à população. Além disso, escolas municipais viraram ponto de apoio a quem foi afetado pela chuva. Em um período de seis horas, o volume de chuva chegou a 259 milímetros. O índice está acima da média esperada para o mês, que seria de 238 milímetros.

Ainda há previsão de chuva para esta quarta-feira (16), que pode ter intensidade fraca a moderada. Equipes de hospitais foram reforçadas para o atendimento de vítimas. Agentes da Defesa Civil e de outras pastas como Segurança e Ordem Pública trabalham no apoio ao atendimento à população.

Maquinários das secretarias de Infraestrutura e Obras, das Cidades, do Ambiente e de Agricultura, além de equipamentos usados pela Cedae, serão levados ao município para ajudar na limpeza das ruas e vias atingidas.

As localidades mais atingidas por deslizamentos foram: Quitandinha, Alto da Serra, Castelânea, Centro, Coronel Veiga, Duarte da Silveira, Floresta, Caxambu e Chácara Flora. Os alagamentos afetaram bairros como Alto da Serra, Corrêas, Centro e Mosela.

Mais de 180 militares estão atuando na região. Equipes especializadas em Busca e Salvamento foram enviadas para reforçar o socorro, com apoio de viaturas do tipo 4x4 e botes. Oito ambulâncias extras foram empenhadas para atender no local. Ainda há previsão de envio de cerca de dez aeronaves das forças de segurança do Estado para auxiliar nos trabalhos.

A prefeitura decretou estado de calamidade pública no município nesta última terça-feira (15). Durante a tarde e o início da noite de ontem, todas as sirenes instaladas em áreas de risco foram acionadas. Alertas de chuva forte e inundações pela cidade também foram emitidos pelo sistema de SMS, em avisos em veículos locais de comunicação, além de grupos de aplicativo de mensagem.

Na comunidade do Floresta, moradores foram orientados a realizar o acionamento do Sistema de Alerta e Alarme Alternativo por apitos. A população de áreas de risco foi sendo direcionada a pontos de apoio. O temporal provocou o transbordamento de como o Quitandinha e o Piabanha. A correnteza arrastou carros e assustou pessoas que estavam nas ruas.

Após relatos de moradores nas redes sociais sobre saques e até mesmo tiroteios em diversos trechos da cidade, batalhões da Polícia Militar de toda a Região Serrana reforçaram o policiamento e a coordenação do trânsito nas áreas afetadas. Além disso, o Batalhão de Choque da PM foi deslocado para atuar na preservação da ordem.

Durante a madrugada, no entanto, a Polícia Militar afirmou que não houve registro de arrastão e nem de saques nas lojas no Centro e que os vídeos que circulam pelas redes sociais estão sendo analisados. De acordo com a PM, as imagens mostravam pessoas em situação de rua que aproveitaram para recolher artigos que estavam na enchente. Em relação ao relato de tiroteio, a corporação afirma que um homem foi preso depois de ameaçar a cunhada com uma arma.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Petrópolis, Hingo Hammes (DEM), uma escola municipal no bairro do Alto da Serra foi um dos locais impactado pela chuva. Crianças que estavam na unidade foram atendidas em um pronto-socorro localizado ao lado do colégio. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos envolvidos.

Durante a noite, o governador Cláudio Castro (PL), o presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano (PT), o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Leandro Monteiro, e outros secretários estaduais realizaram uma reunião para definir ações diante dos transtornos causados. O encontro, segundo Castro, serviu para definir as estratégias das autoridades estaduais e municipais para tentar reduzir os efeitos da chuva e auxiliar a população.

O Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), prestou solidariedade e afirmou que já entrou em contato com diferentes ministros em busca de auxílio imediato às vítimas. O prefeito do Rio, Eduardo Paes também colocou toda a estrutura do município à disposição de Petrópolis.

Fonte: Band/Uol




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