DESOLADOR | Número de mortes após chuva em Petrópolis sobe para 152


Há ainda 165 desaparecidos e quase mil desabrigados.

As tentativas de encontrar sobreviventes e resgatar corpos de vítimas da chuva em Petrópolis continuaram no sábado (19), apesar de interrupções temporárias devido à chuva.

Segundo a Defesa Civil, sirenes de alerta foram acionadas e dois avisos já foram enviados por SMS e em grupos de comunicação com as comunidades para informar a formação de núcleos de chuva.

Foi o quinto dia de buscas ligadas à tragédia, que até o início da tarde deste sábado (19) deixou 152 mortos, 165 desaparecidos e 967 pessoas desabrigadas.

No fim da tarde, o corpo de um homem foi encontrado dentro de um rio da região. Às 16h, mais dois corpos de crianças foram achados no Morro da Oficina. Por volta das 12h30, os corpos de uma grávida e de uma criança de dois anos também tinham sido localizados.

Neblina atrapalhou o trabalho de buscas no Morro da Oficina, em Petrópolis — Foto: Lívia Torres/g1

As equipes de busca se dividem em três áreas principais — os setores Alfa, Bravo e Charlie, que abrangem regiões como o Morro da Oficina, a Rua Teresa, o Alto da Serra, a Chácara Flora, a Vila Felipe, Caxambu e localidades vizinhas. O posto de Comando Central está localizado no 15º Grupamento de Petrópolis.

Uma forte neblina atrapalha as buscas.

Durante a sexta-feira, a população do município temeu que novos deslizamentos pudessem acontecer. Isso porque voltou a chover forte na cidade no início da noite. Sirenes no primeiro distrito foram acionadas, mas por volta das 21h30 a chuva deu uma trégua.

Até quinta-feira (17), o IML tinha apenas um caminhão frigorífico para armazenar os corpos. Na sexta, o órgão passou a contar com dois caminhões e dois contêineres frigoríficos.

Com o tempo instável em Petrópolis, o coronel Leandro Monteiro, secretário estadual de Defesa Civil e comandante dos bombeiros, explicou que não pode avançar com máquinas pesadas, como tratores, em qualquer lugar.

"Nesses locais onde a população pede o uso de máquinas, nós não podemos entrar com máquinas agora. O Corpo de Bombeiros acredita encontrar pessoas com vida ali", afirmou Monteiro. "Eu não posso remover o solo da maneira que eles querem", acrescentou.

Monteiro detalhou o protocolo dos bombeiros: “Temos uma técnica para este tipo de desastre. Primeiro, precisamos de silêncio. É um trabalho manual, chamamos as pessoas pelo nome, depois passamos com os cães treinados para encontrarem pessoas vivas, e depois os bombeiros passam fazendo mais um chamado pelo nome”.

Fonte: G1 



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