Foram apreendidos mais de 12 mil pacotes de café, de três marcas diferentes, em sete municípios do Espírito Santo, nesta terça-feira (18).
Trata-se da segunda fase da operação iniciada pela Polícia Civil no dia 10 deste mês, quando mais de 28 mil unidades irregulares do produto foram retiradas de circulação na Grande Vitória.
A apreensão desta terça aconteceu nas cidades de Cachoeiro de Itapemirim, Linhares, Aracruz, João Neiva, Iúna, Ibatiba e Marechal Floriano.
Policiais e a presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), deputada Janete de Sá (PMN), foram até estabelecimentos do interior que ainda comercializavam duas das três marcas retiradas de circulação na Grande Vitória na última semana e recolheram os produtos das prateleiras.
Os produtos irregulares possuíam materiais impróprios em sua composição, como grande quantidade de cascas e paus, além de alto teor de umidade. Para completar, os rótulos não informavam padrões básicos, como a indicação do lote.
Polícia recolhe cafés de mais uma marca
A novidade dessa nova fase da operação ficou por conta da marca Café Monte'z Bravio, vendida em Cachoeiro de Itapemirim, cujos pacotes continham milho misturado ao café.
O responsável pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), Eduardo Passamani, fez um balanço sobre os produtos apreendidos até o momento e prevê novas operações.
"Temos um total até agora, com essas quatro marcas investigadas, de mais de 40 mil unidades de café recolhidas e aproximadamente 15 toneladas de café apreendidas. As investigações continuam, temos outras marcas de café que estão sendo investigadas, e não descartamos que novas fases dessa operação possam acontecer", afirmou o delegado.
Agora, ao todo, são quatro marcas do produto com venda proibida no Espírito Santo:
- Tem+, Minete, e Campestre: apreendidas por alta quantidade de cascas e paus, além de alto teor de umidade e falta de informações básicas nos rótulos
- Café Monte'z Bravio: marca apreendida em Cachoeiro com milho na composição e suposta falsificação de selo de pureza do produto
Segundo o Sindicato da Indústria do Café do Espírito Santo (Sincafé), ss irregularidades lesam os direitos do consumidor, já que os produtos apresentavam alto índice de mistura (milho), estando fora dos padrões mínimos de qualidade.
O sindicado disse ainda que apoia a operação "pela iniciativa de proteção ao consumidor, criando precedentes e jurisprudência sem igual, abrindo uma frente importantíssima no combate à fraude".
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/u/Z/dYjayPSHiEHb6OWVVolQ/whatsapp-image-2022-01-18-at-18.14.59.jpeg) |
Marcas de café com venda proibida no Espírito Santo — Foto: Divulgação |
Fonte: G1
.gif)