Suicídio assistido: entenda o procedimento escolhido por Alain Delon para acabar com a própria vida

Anthony Delon e Alain Delon Foto: Divulgação

O ator francês Alain Delon, de 86 anos, quer colocar um fim à sua vida. Para isso, ele quer utilizar o suicídio assistido, um procedimento legal na Suíça, país onde mora. Alain sofreu um duplo AVC em 2019 e vem se recuperando aos poucos desde então. Embora seu estado de saúde seja considerado bom, recentemente, ele pediu para seu filho, Anthony, 57 anos, organizar todo o processo e acompanhá-lo em seus últimos momentos.

O suicídio assistido é permitido na Suíça desde 1942, desde que os motivos não sejam egoístas. Esse tipo de procedimento é diferente da eutanásia, que não é autorizada no país. A principal diferença entre as técnincas é quem realiza o ato final.

Na eutanásia, outro indivíduo realiza a ação para acabar com a vida de alguém e assim parar seu sofrimento, mesmo que a pedido do paciente. No suicídio assistido, uma outra pessoa apenas auxilia alguém a tirar a própria vida. Nesse caso, o ato de ingerir ou administrar o medicamento letal é realizado pelo paciente.

No Brasil, os dois atos são considerados crime. Mas há diversos países em que auxiliar uma pessoa a morrer por meio de um desses procedimentos é permitido. Na Holanda, a eutanásia e o suicídio assistido são permitidos, desde que o paciente esteja passando por um sofrimento insuportável e não haja perspectiva de melhora. Na Bélgica, em Luxemburgo, no Canadá e na Espanha também, mas há regras específicas em cada um deles.

Ja na Suíça, apenas o suicídio assistido é autorizado. Aqueles que ajudam a pessoa a morrer não precisam ser médicos, mas o motivo do auxílio tem que ser altruísta. De acordo com a lei suíça, não é preciso ter uma doença terminal para solicitar a chamada morte voluntária assistida. No entanto, é preciso ter a mente sã e ter expressado um desejo consistente de encerrar sua vida.

Em entrevista a um canal de televisão local, Delon havia dito que era a favor do suicídio asssitido.

— A partir de uma certa idade, de um certo momento, a pessoa tem o direito de sair tranquilamente, sem passar por hospitais, injeções e o resto...— declarou o ator.

Como a pessoa deve realizar o ato final, isso significa que embora alguém forneça o medicamento, por exemplo, é o paciente que deve colocá-lo na própria boca e ingerí-lo. Mas, na maioria dos casos, a medicamento é administrada por transfusão intravenosa. Nesse caso, mesmo que seja um profissionais de saúde a inserir a cânula no braço da pessoa e preparar a substância, é a própria pessoa que deve ativar o início da administração.

Fonte: O Globo


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