CARNAVAL | Familiares de Raquel, atropelada por carro alegórico, se revoltam após morte e pedem fim das festividades


Criança foi internada em estado grave após ser prensada entre um poste e um carro alegórico de escola de samba na última quarta-feira

Aline, pastora da menina, criticou o fato de tentarem culpar a mãe - Foto: Reprodução

Depois de dois anos sem Carnaval, a festividade deveria ser como um símbolo de dias melhores e alegria. No entanto, para Marcela Portelinha, a festa se tornou um pesadelo quando sua filha, Raquel Antunes da Silva, de apenas 11 anos, faleceu após ser prensada entre um poste e um carro alegórico. As informações são do jornal O Dia.

A morte da criança, na tarde desta sexta-feira (22), causou revolta em familiares, amigos e conhecidos que acompanharam o caso.

Desde a última quarta-feira (20), Raquel estava internada em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro por ser prensada por um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora.

Ao receber a notícia, a mãe da criança gritou na porta da unidade hospitalar e desmaiou logo em seguida, precisando ser atendida. Marcela, que está grávida, foi amparada por amigos.

Sem notícias da criança

De acordo com a pastora da menina, Aline Mota, o acidente já tinha acontecido quando a mãe foi procurar Raquel. "Eu acho uma negligência da escola em culpar a mãe. Nessa hora não tem culpado. É uma mãe, e quando uma mãe perde, todas perdemos também”, disse em entrevista coletiva.

Para ela, a notícia da morte foi um grande choque, já que, na noite anterior, estavam na casa de Raquel orando pela vida dela. "A mãe é uma pessoa de caráter, uma manicure, que batalha para sustentar os filhos. A escola de samba tem que ter respeito em dizer que a mãe não estava olhando a sua filha. Tenham respeito pela mãe!", acrescentou.

"Nessa guerra ela não está sozinha, e a gente vai correr atrás. Isso não vai parar! Mais uma causa que eu estou vendo que está impune. Mas não vai ficar, porque enquanto houver vida em mim, eu vou lutar pela causa da Raquel”.

Fim das festividades

Após a morte de Raquel, a pastora da menina, assim como alguns presentes, pediram pelo fim das festividades das escolas de samba. Segundo Aline, a criança brincava com amigos no momento da fatalidade.

Sensibilizados pela morte da criança de 11 anos, alertaram que podiam atear fogo em um carro alegórico e atrapalhar os desfiles do Grupo Especial, que iniciam na noite desta sexta, na Marquês de Sapucaí. "Não vai ter carnaval", gritaram em grupo as pessoas que estavam presentes.

Fonte: Diário do Nordeste




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