Desabamento de prédio: vítimas são enterradas e sobrevivente acompanha por videochamada

Eduardo, Camila e Sabrina morreram em desabamento de prédio — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Foram enterradas, neste sábado (23), as três vítimas do desabamento de um prédio de três andares no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, na Grande Vitória.

O sepultamento de Eduardo Cardoso, de 68 anos; a filha dele, Camila Morassuti, de 33; e a filha de Camila e neta de Eduardo, Sabrina Morassuti, de 15; aconteceu entre a manhã e o início da tarde, no Cemitério Parque da Paz, em Ponta da Fruta, também em Vila Velha.

Os três caixões foram velados juntos na capela mortuária do cemitério, mas os enterros aconteceram separadamente.

O primeiro a ser enterrado foi Eduardo. Em seguida, foi realizado outro cortejo com os corpos de Camila e Sabrina. Mãe e filha foram enterradas juntas.

A única sobrevivente do desabamento é a outra filha de Eduardo, Larissa Morassuti. Ela foi a primeira vítima a ser retirada dos escombros e está internada no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória.

Pessoas que estavam presentes nos enterros contaram que Larissa acompanhou o enterro do pai, da irmã e da sobrinha por uma videochamada.

Vítimas de desabamento de prédio foram enterradas — Foto: Reprodução/TV Gazeta

As vítimas estavam no imóvel na manhã da última quinta-feira (21), quando aconteceu uma explosão e o prédio desabou.

As buscas às vítimas envolveram cerca de 60 profissionais, duraram cerca de 20 horas e terminaram no meio da madrugada de sexta (22).

Causas são investigadas

De acordo com o coronel Wagner Borges, assessor de comunicação do Corpo de Bombeiros, há indícios que a explosão tenha sido ocasionada por vazamento de gás de cozinha, mas outras possibilidades também não são descartadas.

"Temos ali um automóvel com gás natural, que é mais leve que o gás ambiente, então ele se dissipa para locais mais elevados e sai com facilidade. Dificilmente esse tipo de gás provoca uma explosão como essa. Em segundo lugar, nós temos um apartamento como esse com GLP, que é o gás de cozinha. O gás de cozinha, sim, pode provocar a explosão que vimos. Outros fatores também podem acontecer [ser a causa], com probabilidade muito menor, como uma bomba", afirmou Wagner.

Segundo o tenente coronel Paiva, serão vários dias de trabalho até que todos os destroços sejam periciados. Entre os materiais já separados estão um botijão de gás encontrado vazio e sem o plug e instrumentos usados em soldas.

Imagens aéreas mostram destruição após desabamento de prédio que deixou mortos — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Especialistas do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) constataram que o prédio que desabou foi executado de maneira irregular, sem projetos, sem anotações de responsabilidade técnica, sem acompanhamento de um profissional de engenharia e sem cumprir as Normas Brasileiras Regulamentadoras.

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Fonte: G1


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