Rodrigo Garcia deu declaração nesta quarta (4) ao divulgar medidas para combater ação de assaltantes que se disfarçam de motociclistas com mochilas de entregas para roubar e furtar celulares. Ele anunciou parceria com empresas por aplicativo sistema de fiscalização dos entregadores.
Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), governador do estado, Rodrigo Garcia (PSDB), e secretário estadual da Segurança Pública (SSP), general João Camilo Pires de Campos — Foto: Reprodução/TV Globo
O governador Rodrigo Garcia (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (4) um pacote com medidas de segurança para tentar combater a ação de falsos entregadores que estão roubando e furtando celulares de pedestres em São Paulo.
Entre as ações previstas para coibir esses crimes está a realização da Operação Sufoco, que contará com um reforço de agentes da Polícia Militar (PM) e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) nas ruas do estado para abordar motociclistas suspeitos de crimes.
Atualmente 5 mil policiais patrulham diariamente a cidade de São Paulo, mas o efetivo chegará a 9,7 mil agentes por dia. Além disso, o governo paulista definiu com as empresas de entregas por aplicativo um sistema de fiscalização dos entregadores, com troca de informações com as forças de segurança.
"Aqui em São Paulo, o bandido que levantar a arma pra polícia vai levar bala da polícia, porque é isso que a sociedade tá esperando, uma polícia ativa, que dentro dos limites da lei vai agir com muito rigor em relação à criminalidade", disse Garcia, durante a coletiva de imprensa que anunciou o plano de combate aos criminosos direto do Centro de Operações da PM (Copom), na capital paulista.
"Essa operação vai dobrar o numero de policiais nas ruas na cidade de São Paulo já a partir de hoje e ela vai ser levada para a região metropolitana e para as grandes cidades do interior", comentou o governador.
Ação ocorre após latrocínio de estudante
Guardas-civis usam cão farejador para tentar identificar drogas num dos imóveis onde estão sendo cumpridos os mandados de busca e apreensão — Foto: Divulgação/Polícia Civil
A ação desta quarta, chamada de Bad Delivery, começou por volta das 5h30 com a participação de 60 policiais da 1ª Delegacia Seccional, do Centro da capital, do 1º Distrito Policial (DP), Sé, e do 3º DP, Campos Elíseos, além da 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco). Seis equipes do Grupo Armado de Repressão a Roubo (Garra), da Polícia Civil, e oito equipes da GCM estão dando apoio à operação, inclusive com cão farejador para identificar drogas.
Segundo os responsáveis pela operação, ela "visa reprimir furtos, roubos e crimes de estelionato, cometidos por falsos entregadores de aplicativos (Delivery), de alimentos e de mercadorias diversas, que visam a subtração de celulares na suas ações criminosas."
"Esses prédios onde nós estamos cumprindo mandados de busca e apreensão são locais aonde existe a maior incidência de aparelhos celulares [roubados e furtados], quando você faz aquele busca e localização após o crime. E dá nesses prédios da [Rua] Guaianazes. Eles [os criminosos] deixam aqui esfriando [guardados] até venderem [os aparelhos]", disse ao g1 a delegada Vanessa Guimarães, assistente da 1ª Delegacia Seccional.
O novo comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Ronaldo Miguel Vieira, disse na terça à imprensa que a PM vai abordar todos os motociclistas em uma medida de combate a roubos praticados por falsos entregadores.
Fonte: G1