Covid-19: ES poderá ter 100 mortes e 40 mil novos casos da doença em julho, diz secretário de Saúde

Nésio Fernandes e Luiz Carlos Reblin em coletiva de imprensa — Foto: Reprodução/Secretaria de Saúde do ES


Apesar da expectativa de redução dos novos casos de Covid-19 ainda neste mês, o secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, afirma que, com base dos dados atuais, o estado poderá registrar pelo menos 40 mil novos casos da doença e até 100 mortes em julho.

A última onda da Covid-19 no estado, ou seja, o período em que há um grande aumento do número de infectados, começou em abril deste ano. No momento, segundo o secretário, a curva de casos se estabilizou, o que indica uma tendência de queda para as próximas semanas.

Mutirão de vacinação

As informações foram passadas em coletiva de imprensa nesta terça-feira (12).

Para incentivar a vacinação da população contra o vírus, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, afirma que um novo mutirão de vacinação, envolvendo os municípios, deverá ser organizado no último final de semana de julho.

Antes do "Dia D", ainda haverá uma semana de intensificação, em que as cidades irão ampliar os horários de vacinação contra a Covid-19.

200 mil pessoas com mais de 60 anos sem dose de reforço

Embora reconheça que tem havido melhora do índice de vacinados, Nésio Fernandes aponta que 200 mil idosos ainda não tomaram a 4ª dose da vacina, ou seja, a segunda dose de reforço contra o vírus.

Outro grupo que ainda é um desafio para as autoridades em saúde são as crianças de 5 a 11 anos. "Ainda estamos com uma cobertura não suficiente da primeira dose e muito menos da segunda para esse grupo", alertou Nésio.

O secretário também alertou que o maior número de mortes da última onda ocorreu entre pessoas com esquema vacinal incompleto e atrasado.

2.096 crianças de 0 a 4 anos infectadas na última onda

Durante a última onda da Covid-19 no estado, 2.096 crianças de zero a quatro anos de idade foram infectadas pela doença. Segundo Nésio, depois das pessoas com mais de 60 anos e dos adultos até 59 anos, essa faixa etária é a mais suscetível a internações por causa do vírus.

O secretário tem expectativa de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libere, nos próximos dias, a vacinação de crianças de 3 e 4 anos com a Coronavac.

Mais de 34 mil reinfecções

Desde o início da pandemia, mais de 34 mil casos de reinfecção por Covid-19 foram registrados, ou seja, pessoas que testaram positivo para a doença mais de uma vez.

"Boa parte dessa repercussão também ocorre em pessoas que não se vacinaram. A imunidade adquirida simplesmente pela exposição ao vírus não representa vantagem em relação á imunidade adquirida pela vacinação. Importante que a população compreenda que a vacina é suficiente para reduzir o risco", disse Nésio.

Fonte: G1


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