Presas por tráfico internacional de drogas na Tailândia, irmãs da Bahia foram isoladas em presídio por duas semanas


Moradoras de Feira de Santana foram flagradas com drogas no aeroporto de Bangkok.

As duas irmãs baianas, presas no dia 13 de junho, na Tailândia, por suspeita de tráfico internacional de drogas, passaram ao menos duas semanas em uma área isolada como medida de prevenção à Covid-19. De acordo com a advogada Kaelly Cavoli Miranda, a defesa tentará provar que elas podem ter sido enganadas e não têm ligação com atos ilícitos.

Samara Taxma Chalegre Muritiba e Daiana Chalegre Muritiba, que são de Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, foram flagradas no país asiático com cocaína.

No mesmo episódio foi preso José Paim das Virgens Filho. O g1 Bahia segue em busca de um advogado de defesa do suspeito, mas até o momento não houve retorno.

Baianos foram presos com drogas no aeroporto de Bangkok, na Tailândia — Foto: Reprodução/TV Subaé

Ao assumir a defesa das duas irmãs, a advogada Kaelly Cavoli Miranda informou que, nos próximos dias, novas informações serão coletadas com um advogado tailandês contratado para acompanhar o caso no país.

Kaelly também defende Mary Hellen Coelho Silva, 21 anos, presa com outros dois jovens após tentar entrar com cocaína no aeroporto de Bangkok. Ela foi condenada em primeira instância e permanece custodiada em um presídio na Tailândia.

No caso das duas irmãs baianas, Kaelly ainda não sabe detalhar a quantidade de drogas que foi encontrada, mas afirmou que ambas têm trabalho lícito e podem ter sido enganadas.

“O que nós sabemos é Samara e Daiana nunca tiveram envolvimento com qualquer questão anterior que as comprometessem com a Justiça. Estamos caminhando para mostrar que elas foram enganadas, que tiveram a bagagem ocupada por alguma coisa ilícita ou extorquidas para que fossem até a Tailândia."

Uma das irmãs presas com drogas no aeroporto de Bangkok, na Tailândia — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ainda segundo a advogada, todas as informações sobre a prisão foram passadas pela embaixada brasileira na Tailândia.

Samara tem uma clínica estética e Daiana é dona de uma loja de roupas em Feira de Santana. Ambas têm uma filha. Kaelly disse que ainda não tem detalhes se elas estariam a passeio na Tailândia, e o último contato com a família ocorreu no dia 11 de junho.

“A mãe teve contato com elas dois dias antes [da prisão]. Depois, a família ficou preocupada porque elas não deram notícia e entraram em contato com a Polícia Federal relatando o desaparecimento. Em contato com a embaixada brasileira, eles foram informados sobre a prisão”, comentou.

Procurado pelo g1, o Itamaraty, por meio da embaixada brasileira em Bangkok, informou que acompanha a situação e presta assistência aos brasileiros, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.

O órgão disse também que não poderia passar informações detalhadas a respeito da prisão, de acordo com o direito à privacidade e conforme a Lei de Acesso à Informação.

Laécio José Paim das Virgens Filho foi preso com drogas no aeroporto de Bangkok, na Tailândia — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Outros brasileiros presos na Tailândia

Além dos três baianos presos em junho, pelo menos outros quatro brasileiros foram flagrados pela Justiça tailandesa ao tentar entrar com drogas no país.

No mês de fevereiro, três pessoas foram presas no aeroporto de Bangkok, também por tráfico de cocaína. Uma jovem de Pouso Alegre (MG), identificada como Mary Hellen Coelho Silva, 21 anos; um homem de nome Jordi Vilsinski Beffa, 23 anos, morador de Apucarana (PR); e um morador de Curitiba, Ricardo de Almeida da Rosa, 26 anos.

Eles foram presos em duas situações distintas. De acordo com as autoridades tailandesas, primeiro foram presos Ricardo e Mary. Eles saíram de Curitiba e, após escalas, chegaram ao país em um voo, por volta das 7h do dia 14 de fevereiro.

Horas depois, as autoridades prenderam o jovem de Apucarana. Ele chegou ao aeroporto em outro voo. As autoridades informaram não saber se ele conhecia os outros suspeitos.

Segundo a Polícia Federal, eles foram aliciados por uma mulher identificada como Camila Raposo Broca, que foi presa no mês de maio na capital paranaense.

Na operação, os policiais cumpriram também dois mandados de busca e apreensão e o mandado de prisão contra a mulher.

No dia 10 de março, outro brasileiro foi preso também no aeroporto de Bangkok. Um homem de 33 anos, natural do Espírito Santo, foi flagrado enquanto transportava aproximadamente sete quilos de cocaína diluídos em produtos de beleza.

Segundo a Polícia Federal, a prisão aconteceu em uma ação de cooperação internacional. A PF divulgou que as investigações tiveram início no Espírito Santo, no dia 3 de março, quando policiais tentavam identificar um homem que estaria conectado a traficantes internacionais.

Alguns dias depois, foi possível confirmar sua identidade, mas para surpresa dos investigadores, ele havia partido para o Peru.

Brasileiro foi preso na Tailândia com cocaína diluída em produtos de beleza — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Os agentes da PF em Lima passaram as informações para as autoridades do Peru, na expectativa de que o localizassem e continuassem as ações para determinar o que o investigado estaria fazendo em território peruano.

Os policiais peruanos conseguiram localizar o hotel em que ele estava hospedado, mas receberam a informação de que ele já havia deixado o país com destino a Bangkok em um voo com rápida escala em Paris, na França.

Fonte: G1 BA


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