Você sabia que o excesso de barulho pode causar infarto? Entenda os riscos!


Silêncio. Muitas vezes, é disso que precisamos para nos sentirmos calmos, já que o barulho é um dos maiores causadores de estresse, sendo a poluição sonora um fator prejudicial à saúde pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), depois da poluição do ar, este é o segundo maior agente poluidor ambiental.

O que muitas pessoas não sabem, é que o barulho pode até mesmo ser um fator agravante para o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto.

De acordo com o Otorrinolaringologista Márcio César da Silva, os ruídos aumentam a tensão nas pessoas, gerando crescimento na liberação de adrenalina. Por este motivo, ocorre um aumento da pressão, o que pode aumentar o risco de AVC ou infarto, principalmente em pessoas pré-dispostas.

O médico alerta que o barulho em excesso gera alguns sintomas que são característicos para desenvolvimento de doenças, como alteração de humor, dores de cabeça, insônia, perda da concentração, zumbido no ouvido, cansaço, pressão alta e perda da audição.

Além disso, Márcio César destaca que algumas classes de trabalhadores estão mais pré-dispostas a desenvolverem problemas auditivos ou de estresse intenso, devidoà alta exposição de ruídos. São eles: trabalhadores industriais, aeroportuários, músicos, pessoas que trabalham em boates e bares com músicas.

Também é importante lembrar que pessoas que utilizam fones de ouvido e escutam som no volume máximo estão vulneráveis a sofrer de problemas relacionados à audição.

“Mas, vale lembrar que os fones são prejudiciais quando utilizados por muito tempo e com barulho elevado. Durante a pandemia, notamos um crescimento dos problemas, devido às pessoas estarem trabalhando e estudando remotamente e utilizando esses mecanismos com mais frequência”, destacou o médico.

Márcio César destaca que a vida moderna e urbana aumenta a exposição aos ruídos devido o trânsito, à frequência em locais fechados e com música alta e ao crescimento das plataformas de streaming, que faz com que as pessoas percam o hábito de ficar por um tempo em silêncio.

Mas, quando não se pode evitar o barulho?

“É importante que as pessoas que não conseguem ou não podem evitar exposição aos ruídos fiquem atentas à saúde auditiva e que procurem otorrinos para exames periódicos, mantendo sob controle o monitoramento relacionamento aos danos auditivos”, pontuou o médico, Márcio César.

De olho na poluição visual

Não somente a poluição auditiva requer atenção, mas também é importante estar atento aos cuidados com os olhos. De acordo com o oftalmologista do Hospital de Olhos de Vitória, César Ronaldo Filho, existem dois tipos de poluição visual e elas são bem distintas.

Uma é a estética, que corresponde a maneira como percebemos o nosso entorno: cores, outdoor e imagens. Do ponto de vista clínico, não traz risco nenhum para o olho.

Por outro lado, também existe a poluição visual luminosa, que dependendo do tipo de luz emitida, pode causar problemas como a fotofobia e ofuscamento. E caso de pacientes com pré-disposição, pode causar convulsões.

“Um ponto que devemos considerar, mas que não está diretamente relacionado a poluição visual, é a exposição prolongada dos nossos olhos às telas, que traz prejuízos e pode causar desconforto visual e ressecamento dos olhos”, alertou o médico.
Fonte: Folha Vitória


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