Eliminado, Cássio Barros diz que faltou maturidade ao Nova Venécia e avalia Série D: "fizemos algo histórico"

 Leão do Norte ficou no empate em 2 a 2 com a Portuguesa-RJ e caiu nas oitavas de final Série D do Brasileirão

Thiago Felix

O Nova Venécia está fora do Campeonato Brasileiro Série D. Após perder o jogo de ida por 2 a 1, o Leão do Norte enfrentou a Portuguesa-RJ, no último domingo, focado na vitória. O técnico Cássio Barros viu o time veneciano ficar duas vezes à frente no placar, mas amargou um empate em 2 a 2 (assista aos gols), que acabou com a desclassificação da equipe.

A frustração dos leoninos por terem se igualado às melhores campanhas da história do futebol capixaba na Série D mas ficarem a uma fase de garantir a vaga na terceira divisão nacional, se mistura ao sentimento de dever cumprido pela campanha como estreante.

Como perdeu na ida, o Nova Venécia precisava de, pelo menos, vencer por um gol de diferença para levar a decisão para os pênaltis. A equipe conseguiu o resultado duas vezes ao longo da partida mas teve a defesa vazada como em 15 das 18 partidas disputadas.

- Realmente foi aquela eliminação que fica a sensação de que poderíamos ter ido mais longe. Nós tivemos duas vezes a frente do placar e não conseguimos sustentar um resultado. Isso foi uma tônica nossa dentro da competição que nós não soubemos administrar. Nesse jogo decisivo foi primordial nesse momento de eliminação. Agora nós temos que ver também, olhar com outros olhos, não de uma maneira crítica. Se nós olharmos, o Nova Venécia tem um ano de existência e chegou a uma oitavas de final de Série D, de um campeonato nacional. Coisa que a própria Portuguesa, clube centenário, conseguiu chegar pela primeira vez. Então, nós fizemos algo histórico, que tem que ser valorizado. É levantar a cabeça, é ficar triste porque não conseguimos o objetivo que era a classificação, mas muito orgulhoso pela campanha que foi feita. - declarou ao ge.

Nova Venécia x Portuguesa-RJ — Foto: Nathan Diniz

Campanha do Nova Venécia:
  • Vitórias: 6
  • Empate: 9
  • Derrotas: 3
  • Gols Marcados: 26
  • Gols Sofridos: 19
  • Aproveitamento: 50%
Cássio Barros é conhecido por ser o primeiro técnico da história do Nova Venécia. Ao longo do trabalho de mais de um ano, o treinador viu a evolução do elenco e utilizou na partida decisiva, os zagueiros Rhamon Mexicano e Max Miller, o lateral direito Jairo, o meia Dodô e o atacante Netinho, que integraram o primeiro time do Leão do Norte.

Dentro de campo, logo aos 16 minutos de jogo, Diego Souza, destaque do confronto de ida, precisou ser substituído por lesão. O Nova Venécia conseguiu contornar a situação,mas não teve frieza para administrar os momentos de superioridade.

- A perda do Diego Souza mudou um pouquinho a nossa maneira de jogar. O Diego é um meia de origem e a Portuguesa vinha com duas linhas de quatro e dois homens à frente. Uma marcação de média para baixa. E o Diego é um jogador que tem uma boa circulação por trás da linha de meio de campo, que dá opção de passe. Quando perdemos um jogador com essa característica, tivemos que improvisar o Odilávio, que é um atacante, tentando fazer esse jogador. Sim, mudou a nossa maneira de jogar , mas o que faltou foi um pouco de maturidade. No momento que ficamos à frente do placar, não conseguimos sustentar a vantagem que tínhamos.

Com a queda na Série D, o Nova Venécia volta a campo apenas no ano que vem para a disputa do Campeonato Capixaba e da Copa Espírito Santo.

Fonte: GE



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