Entenda por que Rafael, do Botafogo, foi retirado por médico após choque de cabeça; VÍDEO

Rafael cai apagado em campo Reprodução

O lateral direito Rafael foi substituído do jogo do Botafogo contra o Fortaleza, neste domingo, após sofrer uma pancada na cabeça em dividida com Thiago Galhardo. Rafael ficou com um afundamento do lado esquerdo do rosto, mas queria permanecer na partida. Ele não atuava há sete meses. Após o ocorrido o Botafogo se pronunciou.

"O lateral-direito Rafael está bem, lúcido, orientado e sob supervisão do médico alvinegro Dr. Gustavo Dutra. Rafael sofreu um trauma crânio-facial no primeiro tempo e foi conduzido de ambulância para o hospital de referência, onde irá realizar exames complementares", disse o clube em nota.


O jogador caiu descordado no gramado, foi atendido pelo médico do clube carioca, Gustavo Dutra, e queria voltar a jogar depois de se recompor, mas foi proibido pelo profissional. Os demais jogadores também entraram em cena para avisar a Rafael que não seria possível permanecer em campo, uma vez que o protocolo médico previsto indica a necessidade de substituição.

O risco nestes casos é de uma possível concussão. Traumas leves decorrentes de pancadas na cabeça, as concussões cerebrais são mais comuns no boxe, rúgbi e futebol americano — no qual a NFL (liga americana do esporte) foi obrigada a assumir um acordo de quase US$ 1 bilhão para compensar vítimas, pagar por tratamentos e financiar estudos. Se são menos frequentes no futebol, as lesões de gravidade leve no cérebro são levadas a sério da mesma forma e já há quem peça a mudança de regras no esporte.

No momento do choque na cabeça, o cérebro, apesar de ser protegido por um líquido que o impede de bater com força na caixa craniana, sofre um impacto capaz de gerar microlesões nos neurônios e vasos sanguíneos. Como consequência, há alterações inflamatórias e vários neurotransmissores são ativados, causando os principais sintomas.

“Quando a cabeça recebe um impacto forte e faz concussão, alguma região do cérebro, mesmo pequena, fica inchada, com edema bem pequeno. Se sofre uma segunda concussão naquela mesma ocasião, pode acontecer de o edema se multiplicar e crescer. É raro, mas pode levar a óbito, como já aconteceu no boxe e no futebol americano”, disse no ano passado o neurologista Renato Anghinah, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e médico do Sindicato de Atletas de São Paulo.
Fonte: O Globo


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